Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDREZA OLIVEIRA ALMEIDA
15/06/2021 16:34
Apesar dos esforços e empenho da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC),com registros nacionais, ainda são poucos os dados minuciosos que mostrem asdiferenças entre hospitais públicos e privados na assistência prestada e desfechosde pacientes com Síndrome Coronariana Aguda. A presente investigação tevecomo objetivo determinar as diferenças das características dos pacientes, doacesso aos serviços bem equipados, do tratamento oferecido e de resultados intrahospitalares e após 12 meses entre hospitais públicos e privados no Brasil parapacientes com síndrome coronariana aguda. Trata-se de um estudo observacionalprospectivo que incluiu pacientes internados com diagnóstico de SCA em 47hospitais brasileiros. Os pacientes foram seguidos desde admissão até a alta edepois foi realizado follow up por contato telefônico, aos 30 dias, 6 meses e 12meses. Foram coletados dados clínicos, pessoais (história prévia) e do eventoíndice, tais como prescrição médica e ocorrência de eventos cardiovascularesmaiores (mortalidade cardiovascular, reinfarto e acidente vascular encefálico –AVE). A atual casuística comparou os resultados obtidos pela população usuáriado SUS e a população usuária da rede privada. Valores de p<0,001 foramconsiderados estatisticamente significantes. O Registro ACCEPT incluiu, noperíodo de agosto de 2010 a abril de 2014, um total de 5.047 pacientes, tornando-se o maior registro prospectivo já publicado com SCA no Brasil. Para a presenteanálise, foram considerados todos os pacientes que finalizaram o seguimento de12 meses (n=4375). Os pacientes atendidos na Rede Pública tiveram menosacesso direto a um serviço especilizado, sendo que um maior número precisou sertransferido (38,9%; p<0,001), além de passar mais dias internados (após 7 dias,40,7% ainda estava internado; p<0,001) e o óbito nesse subgrupo tambémapresentou diferença estatística, tanto no período de internação quanto aos 12meses. Concluiu-se que, no Brasil, o manejo de pacientes com SíndromeCoronariana Aguda é influenciado pelo tipo de atendimento, ou seja, público ouprivado. Os pacientes eram mais propensos a ter piores desfechos em hospitaispúblicos.
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