Banca de QUALIFICAÇÃO: JAQUELINE DA SILVA COSTA
11/05/2021 11:36
Com o aumento da expectativa de vida e o crescente número de vítimas de acidentes de trânsito há uma tendência de crescimento no número de perdas ósseas. Embora o osso tenha a capacidade de autorregeneração, tal processo é dificultado quando os defeitos possuem grandes extensões, sendo necessárias intervenções clínicas. Uma alternativa para promover a regeneração do tecido é a aplicação de biomateriais. Materiais híbridos orgânico-inorgânicos à base de quitosana e vidro bioativo apresentam-se promissores para a produção destes. Entretanto, a dificuldade de incorporação de cálcio nos híbridos, o qual tem função importante na regeneração do tecido, compromete sua eficiência. Diante disso, este trabalho teve como objetivo estudar a influência dos sais de cálcio nas propriedades de materiais híbridos orgânico-inorgânicos quitosana/vidro bioativo preparados pelo método sol-gel. Foram produzidos vidros bioativos e híbridos de classe I e II, por meio do método sol-gel, utilizando quitosana, tetraetilortosilicato e (3-glicidiloxipropil) trimetoxissilano e três sais de cálcio: cloreto de cálcio, sulfato de cálcio e fosfato de cálcio. Os resultados estruturais obtidos a partir dos espectros de Espectroscopia e Absorção na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) demonstraram a formação das redes de sílica e a interação entre quitosana e vidro bioativo, bem como a incorporação de cálcio. A análise de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) mostrou uma superfície irregular e pouco porosa para as amostras. Foram observados poros na faixa de 10-70 µm, sendo BGS e HC-G as que tiveram poros maiores. O mapeamento realizado por Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS) mostrou uma distribuição homogênea de silício, oxigênio, carbono e cálcio na superfície de todos os híbridos, corroborando a formação de redes de sílica e a interação entre a quitosana e os vidros bioativos. Os estudos de bioatividade demonstraram indícios de formação de apatita nas amostras contendo fosfato de cálcio no primeiro dia de incubação. A biodegradabilidade dos materiais foi confirmada pelos ensaios de degradação enzimática, havendo maior taxa de degradação para os híbridos e uma degradação mais controlada para os híbridos contendo fosfato de cálcio.
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