Banca de DEFESA: MARCOS FARJALLA
20/04/2021 10:45
A perspectiva religiosa de Johann Wolfgang von Goethe é um tema que se desdobra e demonstra o amplo potencial de expressão do Sagrado em suas obras literárias. Este entendimento nos leva, de imediato, à questão central do trabalho, qual seja: a relação entre Religião e Literatura. Mas, para que possamos nos aprofundar nas especificidades da temática proposta – a ligação entre as dimensões literária e religiosa nas obras de Goethe –, é importante nos determos à análise de alguns aspectos da modernidade, época na qual Goethe viveu, para entender de que maneira o seu tempo reverbera no pensamento e nas obras de sua autoria. Para tal, elaboramos esta pesquisa a partir de um método combinado entre elementos da Fenomenologia da Religião e da Teoria Social da Modernidade. Visando a demonstrar a expressividade da Religião nas obras de Goethe, procuramos, dentro destas perspectivas, analisar o vínculo entre Literatura e Religião nos escritos de Goethe tendo, como objeto de pesquisa, o seguinte questionamento: é possível considerar uma visão religiosa específica em meio a um contexto tão diverso? Para dar resposta a essa questão, analisamos três obras que, por fim, nos conduziram à demonstração e ao cumprimento do objetivo deste trabalho: “Os sofrimentos do jovem Werther” (1774); “As afinidades eletivas” (1809) e “Confissões de uma bela alma” (1796-1797). Partindo do conceito de fenômeno de interferência, de Albrecht Wellmer, a Arte seria – dentre as esferas de valor que tipificam a modernidade (Ciência, Moral e Arte) – a única capaz de dialogar com as demais, apontando para a totalidade religiosa. Nesse sentido, as obras de Goethe têm a pretensão de reconciliar o homem com a verdade; elemento de profundo significado teológico através da Arte – que é a aparência possível do Sagrado.
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