Banca de DEFESA: CHRISTIANE SANTOS ALVES COSTA
05/04/2021 16:17
Esta dissertação objetiva analisar o padrão cultural do Black Metal através do documentário musical. É observado que o discurso proferido em frente às câmeras mantém relações com o horror artístico e natural, sendo amplamente aceita no meio social como representação do subgênero musical. Esta base estético-discursivo auxilia a construção da narrativa cinematográfica, guiada principalmente pelas entrevistas das bandas, sendo responsável pela reconstrução de uma memória através da imagem. Neste contexto, os discursos são relevantes para a construção e demonstração de atitudes que excedem (ou não) um modelo de comportamento comum aceito em sociedade, denominadas na pesquisa como “ExcessoArtístico” (dentro do padrão), e “Excesso do Extremo” (fora do padrão). Estas categorias revelam o imaginário contido na estrutura desta cultura. Para a compreensão da estética distópica, foi exposta a motivação para a adoção deste discurso associada ao horror através dos conceitos de horror artístico e horror natural (CARROLL, 1999); de estética do mal no Black Metal (CAMPOY, 2008); distopia (PODOSHEN, 2014) e estética do excesso (HILDENBRAND, 2015), e como a mesma influencia todas as camadas do subgênero até a produção e divulgação dos filmes, aqui analisados. A metodologia utilizada é baseada no levantamento bibliográfico, principalmente sobre a estética Black Metal; no mapeamento sobre a cinematografia sobre o tema no Youtube; e no estudo multicaso dos documentários. Dentre os 34 documentários musicais envolvendo o Black Metal no período de 1994 a 2017, foram escolhidos para esta investigação: Det Svarte Alvor (1994), Satan Rides the Media (1998), Once Upon a Time in Norway (2007), Until The Light Takes Us (2008), Black Metal Satanica (2008), One Man Metal (2012), Black Metal Siberia (2015) e Bleu Blanc Satan (2017). O interesse é refletir a importância destes discursos, desde a sua origem na década de 90, até a atualidade, em busca de uma unidade, uma identidade que, possivelmente, assume sentido apenas no contexto em que está inserido: a cena underground.
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