Banca de QUALIFICAÇÃO: VICTOR DE SOUZA CARDOSO
10/03/2021 18:57
Desde sua criação à contemporaneidade, a Embrapa perpetua-se como sustentáculo da expansão capitalista da agricultura brasileira no campo, articulando e viabilizando os instrumentos científico-técnicos que garantem o aumento da produtividade. Ao longo dos anos, suas estratégias mudaram, incorporando conceitos e práticas como modo de atender às novas demandas político-econômicas, sinalizadas pelo Banco Mundial. Nos últimos anos, as formas alternativas de produção agrícola ganharam espaço na empresa, sendo utilizadas como ferramentas para a promoção da autonomia da produção camponesa, assentada nos discursos do desenvolvimento local, rural, sustentável e participativo. Em Sergipe, a empreitada é executada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros por meio de estudos e projetos de transição agroecológica. Isso indica que: se por um lado, a Embrapa viabiliza a expansão do agronegócio; por outro, formula e realiza ações voltadas para o desenvolvimento autogerido, sustentável e participativo para o campesinato. Até o momento essa contradição tem indicado que as estratégias da Embrapa viabilizam a acumulação capitalista no campo. Nesse cenário, o objetivo da presente pesquisa é analisar a política de intervenção da Embrapa no campo sergipano por meio das políticas de pesquisa agropecuária. Para tanto, o estudo está fundamentado nos pressupostos teórico-metodológicos do materialismo histórico-dialético, buscando compreender o objeto através da unidade contraditória entre: continuidade e descontinuidade; essência e aparência; forças produtivas e relações de produção; positivo e negativo. Como forma de operacionalizar a análise, utilizaremos a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, o trabalho de campo, a entrevista e a fotografia.
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