Banca de QUALIFICAÇÃO: HELIANA MARY DA SILVA QUINTINO
08/03/2021 13:11
Esta pesquisa objetivou definir, a nível mundial, o conjunto de possibilidade de produção de novas tecnologias inovadoras sob ativos de propriedade intelectual (PI), bem como caracterizar a natureza das relações implícitas entre a infraestrutura de conhecimento científico e o setor produtivo brasileiro. Esses objetivos foram alcançados através da aplicação da Data Envelopment Analysis (DEA), e do método dos Vetores Autoregressivos Aplicados a Painel (PVAR), respectivamente. As evidências apontadas na escala de eficiência mundial do CPP obtidas nos resultados apontam que a República Islâmica do Irã (2017, 2018) e a China (2018, 2019) limitam a CPP e definem a fronteira de máxima eficiência na produção de novas tecnologias no mundo com potencial para a proteção por PI, condicionada ao uso dos inputs “pesquisadores” e “gastos em P&D”. Essa condição de eficiência permite o ganho máximo em escala de produção pelo melhor uso relativo dos referidos insumos, com o uso de tecnologia insumo-orientada. A eficiência também foi observada em 2018 para a Alemanha e EUA. O mesmo acontece em 2019 para Malta. Contudo, foi elucidado um quadro de uso ineficiente dos recursos de pesquisa na maciça maioria das nações mundiais. Ficou demonstrada que essa ineficiência independe da grandeza econômica dessas regiões, restando, em 94% delas (cerca de 70 dos 74 países da amostra), sobras importantes desses recursos que não repercutem o surgimento de novas patentes e consequentemente, qualquer estímulo à essa propriedade industrial. Muitas dessas economias vêm, seguidamente, se destacando como potências em inovação mundial, o que sugere que, para essas nações, as sobras dos inputs de pesquisa do CPP possam estar sendo revertidos para outros fins de inovação que não a PI, sendo este ativo apenas uma parte do transcurso de um sistema maior, explicando tão somente uma fração dessa defluência. A produção de invenções (e suas adaptações) capazes de atender as exigências de patenteamento, se constitui um fator de peso na produção de novos conhecimentos tecnológicos a partir do uso desses insumos, na maior parte dos países. A ineficiência brasileira nesse sentido não parece anular relações de causalidade entre esses fenômenos e o setor produtivo nacional. O encadeamento dos efeitos verificados no PVAR demonstrou que o país é propenso a tecer relações dinâmicas endógenas entre os indicadores da infraestrutura de conhecimento científico e tecnológico (patenteável), e a atividade industrial. Contudo, trata-se de um processo ainda tênue de endogenização, mas com a existência de casos de relações causais não desprezíveis em algumas vinculações implícitas no sistema.
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