Banca de DEFESA: GLEYWBLISTON DE SOUZA RESENDE
23/02/2021 16:32
A proposta desta pesquisa está baseada na temática da morte ancorada na filosofia do estóico Lúcio Aneu Sêneca (I a. C. - 65 d. C).), de maneira especialmente restrita a obra Sobre a Brevidade da Vida. Nela, analisamos os argumentos propostos por ele sobre a morte e objetivamos, a partir das análises desses argumentos, trazer à tona algumas considerações sobre o aspecto educativo de sua filosofia na busca e na formação do ser humano ideal. Entendemos a este como sendo sábio e/ou racional, isto é, aquele indivíduo que possui a capacidade de manter o controle do medo da morte e da mortalidade, subjugando seus sentimentos, seus impulsos e todos os tipos de paixões ao domínio da razão. Deve-se refletir como estes aspectos de seu pensamento sobre a morte e a mortalidade nos permite compreender a necessidade de superação do medo da morte, para que o ser humano possa ser livre desse grilhão, realizar sua natureza, que é viver de maneira racional e virtuosa. O trabalho está organizado em quatro partes. Na primeira, a introdução, são abordados o contexto histórico do estoicismo romano, a biografia de Sêneca e algumas características da sua obra. Em linhas gerais, ofereceremos uma abordagem do que fora o estoicismo ao longo do tempo, remetendo-nos às suas doutrinas e a algumas personagens relevantes em sua história durante as três fases em que esta escola é segmentada pelos estudiosos do tema. Na segunda etapa, central à nossa pesquisa, vários aspectos temáticos peculiares à filosofia estoica serão analisados, especialmente aqueles que se relacionam com as teses fundamentais do estoicismo, como a física, a ética e o destino e o que nos revela sobre a morte. Na terceira parte, buscar-se-á analisar os argumentos, identificar os meios de superação do medo da morte e da própria mortalidade, destacando a filosofia como modo de vida e seu papel no processo de superação do medo da morte, listando os tipos de medo da morte, elucidando o significado da morte de Sócrates e o suicídio como resposta a[M1] impossibilidade de viver de acordo com a natureza. Na quarte parte, pretende-se fazer uma reflexão sobre a importância do caráter virtuoso para uma vida feliz, buscando identificar os meios necessário[M2] para a formação desse caráter, que estão relacionados ao entendimento da morte como um fenômeno natural e necessário.
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