Banca de DEFESA: LUANA TELES DE RESENDE
04/02/2021 11:58
Introdução: A asfixia perinatal é uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo, caracterizada pela privação de oxigênio no pré-natal, parto ou após o nascimento, que compromete as funções orgânicas dos recém-nascidos e em especial o sistema nervoso central. Assim, entender os fatores de risco associados à mortalidade pode orientar o planejamento de políticas públicas direcionadas à saúde materno-infantil. Objetivo: Avaliar os fatores de risco relacionados à mortalidade em recém-nascidos com asfixia perinatal em uma maternidade de risco habitual. Metodologia: Estudo observacional do tipo transversal com abordagem quantitativa realizado em uma maternidade de risco habitual em Aracaju/SE. A população da pesquisa é composta por recém-nascidos com asfixia perinatal admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), entre janeiro a julho de 2019, e acompanhados até o seu desfecho final (alta ou óbito). Os dados foram obtidos através de entrevista com a genitora e informações contidas na Declaração de Nascido Vivo, além dos prontuários das puérperas e neonatos. As variáveis observadas foram agrupadas em dados sociodemográficos, antecedentes maternos, dados obstétricos e informações neonatais. Para as variáveis quantitativas, foi aplicado o teste de Mann-Whitney e, para as variáveis categóricas, o teste Qui-quadrado e o teste exato de Fisher. Foi calculada a taxa de mortalidade e o Odds Ratio (OR) para avaliação do risco de óbito. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe, sob parecer número 3.013.700 e atendeu as recomendações da resolução de número 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A taxa de mortalidade obtida foi de 3,65 óbitos/mil nascidos vivos. Os fatores de risco para mortalidade por asfixia perinatal foram: baixo índice de Apgar no 5° minuto (OR 5,2; p=0,009), hipotermia ao nascer (OR 3,1; p=0,029), uso da ventilação mecânica na UTIN (OR 3,7; p=0,047) e a presença de anemia (OR 3,7; p=0,013). Os fatores maternos e obstétricos não apresentaram significância estatística com o óbito dos recém-nascidos com asfixia perinatal. Conclusão: Fatores de risco neonatais refletem em uma maior mortalidade dos bebês com asfixia perinatal. Portanto, uma assistência de qualidade no período pré-natal e do parto pode prevenir tais ocorrências, assim como os cuidados após o nascimento podem minimizar as complicações e reduzir a mortalidade dos recém-nascidos com asfixia.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf