Banca de DEFESA: WEMERSON DE SANTANA NERES
29/12/2020 13:35
Introdução: A cicatrização de feridas é um processo complexo de reparo da pele que pode ser prejudicado em virtude de inflamação exacerbada. A Anadenanthera colubrina, popularmente conhecida como angico, tem demonstrado ser uma promissora candidata para o reparo de feridas em virtude das propriedades anti-inflamatória e cicatrizante. Contudo, os estudos continuam escassos e os mecanismos cicatrizantes pouco explorados. Objetivo: Avaliar o efeito do Extrato Etanólico de A. colubrina (EEAc) na cicatrização de feridas cutâneas excisionais induzidas em camundongos. Metodologia: Camundongos Swiss fêmeas foram submetidas à excisão cutânea dorsotorácica com punch metálico de 6 mm e distribuídas em grupo controle, veículo ou EEAc 5%. A área das feridas foi mensurada nos dias 0, 3, 5, 7, 10 e 14 e os tecidos coletados nos dias 1, 3, 7 e/ou 14 para determinação da atividade da Mieloperoxidase (MPO), quantificação de N-acetil-β-D-glicosaminidase (NAG), mensuração de TNF-α e IL-10 e análise do infiltrado leucocitário, angiogênese, re-epitelização e deposição de colágeno nas lesões. Resultados: O EEAc 5% induziu redução (p<0,001) da área das feridas no 3º, 5º e 7º dia e aumento na deposição de colágeno (p<0,01) ao 14º dia. Além disso, o grupo EEAc 5% apresentou redução da atividade de MPO ao 3º dia, quando comparado ao controle (p<0,01) ou veículo (p<0,001), e aumento de NAG ao 7º dia (p<0,001). Não foram observadas diferenças para TNF-α, mas houve aumento da quantidade de IL-10 ao 3º dia (p<0,01). Conclusão: O EEAc 5% foi eficaz na cicatrização de feridas excisionais em camundongos mediante os efeitos de redução da área e do infiltrado de neutrófilos, bem como aumento do infiltrado de macrófagos, da citocina anti-inflamatória IL-10 e da deposição de colágeno nas lesões.
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