Banca de QUALIFICAÇÃO: DANIELE NASCIMENTO GOUVEIA
18/12/2020 13:25
A dor desencadeada pelo uso da quimioterapia é uma das principais queixas médicas dos pacientes com câncer, com impacto limitante na qualidade de vida, consequente alteração da dose tolerável e interrupção da quimioterapia. Apesar da evolução das estratégias terapêuticas, atualmente não existem medicamentos específicos para o tratamento da neuropatia periférica induzida por quimioterapia. O monoterpeno α-terpineol (TP) presente nos óleos essenciais de diversas espécies de plantas aromáticas tem efeito analgésico, antiinflamatório e antioxidante. Em contrapartida, a alta lipofilicidade e a limitada farmacocinética deste composto requerem o uso de nanotecnologias, com o objetivo de melhorar as propriedades físicas definidas, a biodisponibilidade e aumentar suas propriedades biológicas sistêmicas. Portanto, o objetivo geral deste estudo foi desenvolver e investigar uma ação antinociceptiva do TP em nanocápsulas (TP-LNC) sobre uma neuropatia periférica induzida pela quimioterapia paclitaxel (PTX) em camundongos. As nanocápsulas foram submetidas a testes de diâmetro de partícula, índice de polidispersidade, potencial zeta, pH e eficiência de encapsulação por HPLC. Camundongos machos swiss foram usados para induzir a neuropatia, PTX foi administrado por via intraperitoneal (i.p.) a uma dose de 8 mg/kg uma vez por dia, durante quatro dias alternados. O efeito anti-hiperalgésico de TP e TP-LNC foi avaliado por meio de hiperalgesia mecânica (von Frey). Em estudo eletrofisiológico, o TP foi capaz de modular os canais de cálcio no DGR, diminuindo a excitabilidade desses receptores e contribuindo para o efeito analgésico. Como resultado, a nanoencapsulação do TP permitiu um efeito anti-hiperalgésico mais prolongado e permitiu uma melhor solução para as desvantagens farmacocinéticas do TP.
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