Banca de QUALIFICAÇÃO: MIRIAM SANTOS PRESCINCA CORREIA
28/11/2020 12:16
Este estudo pretende investigar as estratégias de articulação política dos assistentes sociais em Sergipe em suas lutas em defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Para isso, delimitamos o panorama entre 2010-2020, tendo em vista ser uma década de acirramento da precarização e desmonte dos direitos sociais conquistados pela classe trabalhadora, sob a égide da financeirização e do neoliberalismo. Enquanto profissão de nível superior, o Serviço Social traz em sua gênese o movimento imbricado ao estágio do capitalismo monopolista no Brasil e que, a partir da perspectiva crítica adotada em seu projeto profissional, passou a atuar sobre as expressões da questão social através da elaboração e execução de Políticas Sociais, dentre estas, a Assistência Social, sob a diretriz do compromisso ético-político com o acesso universal aos direitos de proteção social (MOTA, 2010). Logo, lança-se ao assistente social, o desafio de uma intervenção comprometida com a materialização do SUAS, rumos ao seu avanço, fortalecimento e resistência. É, pois, com o propósito de mapear as ações estratégicas da categoria profissional, que ao longo, particularmente, das últimas décadas do século XXI, vêm articulando com demais trabalhadores da política de Assistência Social, conjunto CFESS-CRESS e sindicatos dos assistentes sociais. Nesse sentido, partimos do pressuposto de que a dimensão ético-política que norteia os profissionais do Serviço Social, sustenta-se em suas estratégias de resistência aos desmontes das conquistas sociais afirmando: “o SUAS é Nosso” e “Nenhum Direito a Menos”. Na realidade de Sergipe focalizamos as peculiaridades do movimento de luta da categoria dos assistentes sociais e seus rebatimentos num contexto de sucessivas crises que atingem o cotidiano e os espaços institucionais, frente à aos ataques ao pacto social pela efetivação de políticas de proteção social, reafirmando o sentido e o significado atual da profissão na defesa ao direito universal (BEHRING e BOSCHETTI 2010). Para a condução desta pesquisa, dentro do devido rigor científico, adotamos a abordagem materialista histórico-dialética sob a qual se apreende o objeto em seu movimento complexo e as sínteses de múltiplas determinações da realidade concreta (KOSIK, 2006). Para tanto, esse trabalho configura-se como uma pesquisa do tipo documental e bibliográfica, de natureza qualitativa, sob a perspectiva ontológica do conhecimento, o qual propõe compreender para além da aparência do real, a essência da totalidade da vida social (NETTO, 2009). Entre os resultados preliminares obtidos nos estudos e análises iniciais, podemos considerar que as lutas em defesa da materialidade do SUAS nos rumos da universalização, embora sob ameaça de destruição intensificada na atual década, as tendências de crises, têm possibilitado a retomada do debate que os aproximam, ainda mais, da dimensão ético-política do projeto profissional dos assistentes sociais brasileiros.
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