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Banca de DEFESA: GEYDSON SILVEIRA DA CRUZ
16/11/2020 13:48


Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEYDSON SILVEIRA DA CRUZ
DATA: 24/11/2020
HORA: 15:00
LOCAL: meet.google.com/itr- xmrg-bej
TÍTULO: Coorte de Pacientes Portadores de Leishmaniose Visceral com Ênfase em Aspectos Hematológicos.
PALAVRAS-CHAVES: anemia, leishmaniose visceral; leucopenia; pancitopenia; trombocitopenia
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

As leishmanioses são doenças tropicais negligenciadas causadas por parasitas do gêneroLeishmania. Anualmente estima-se quase 1.000.000 casos novos no mundo, segundo aOrganização Mundial de Saúde (OMS). A leishmaniose visceral (LV) é a apresentação clínicamais grave, causada, no Brasil, pela Leishmania infantum. A infecção sintomática leva amanifestações clínicas como febre, perda ponderal, hepato-esplenomegalia, citopeniassanguíneas, entre outras. O Brasil está entre os países com maior prevalência de LV, sendo amaior das Américas. A região Nordeste lidera em número de casos novos e mortes por LV.Sergipe apresentou no período entre 2010 e 2019, 687 diagnósticos que ocasionaram 80mortes. Nesse contexto, foi desenhado estudo de coorte, a partir do seguimento de pacientescom diagnóstico confirmado de LV no período entre dezembro de 2016 e junho de 2019.Foram diagnosticados no período 70 casos, 68 analisados, 2 foram excluídos porincompletude dos dados. A maioria era do sexo masculino (72,1%), a mediana de idade era 20anos, 76,1% possuíam idade inferior a 40 anos. O tempo mediano para o diagnóstico foi de 30dias. Febre foi reportado em 91,2% dos casos, seguido por palidez cutâneo-mucosa (83,8%) eperda ponderal evidente (80,9%). Esplenomegalia foi notada em 75,0% dos pacientes. Foramobservados sinais de gravidade a exemplo de neutropenia febril (38,2%), icterícia (33,8%) esangramento (14,7%). Houve uma correlação inversa entre a contagem de leucócitos e tempopara o diagnóstico (rs:-0,31; p:0,017). O escore de risco foi inferior a 6 em 77,9% dosdiagnósticos. O exame diagnóstico mais comumente realizado foi o rK39, que foi positivo em94,0% do total de 63 amostras coletadas. A avaliação de medula óssea foi realizada em 45pacientes, sendo positiva no exame direto em 35 casos (74,5%), e a cultura da medula ósseafoi positiva 28 (82,4%) casos coletados. Das alterações hematológicas anemia foi mais acomumente diagnosticada, presente em 100% dos casos, foi significativamente mais grave nogrupo de maior risco (p:0,008). Foram realizadas 20 transfusões sanguíneas. O risco relativode submeter-se a hemotransfusão foi 2,4 vezes maior no grupo de alto risco (p:0,029; IC:1,21-4,66). O tratamento mais comum foi anfotericina B lipossomal (44,1%). Dez pacientesrecidivaram, 3 trataram previamente com anfotericina b lipossomal e 4 com antimonial.Houve apenas uma morte no grupo de estudo, cuja medula óssea apresentava sinais dehematofagocitose. O seguimento mediano do grupo foi 60 dias, a análise de sobrevida paraeventos de recidiva e morte foi estimada em 16,7% pela metodologia de Kaplan-Meier. Nãohouve diferença na análise de grupos conforme estratificação de risco. Em conclusão, opresente estudo reporta ainda atraso no diagnóstico, pacientes graves ainda sãofrequentemente diagnosticados, com alterações significativas de testes laboratoriais. A baixaletalidade pode ser explicada pelo acesso a anfotericina B lipossomal, não foram avaliadosportadores de HIV/SIDA e, entre outros, por ser um hospital de referência. Esses dadosreforçam necessidade de investimentos na rede de assistência e diagnóstico da LV, avaliaçãodo programa de controle e tratamento atualmente adotado e em pesquisas em doençasnegligenciadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1718309 - DULCE MARTA SCHIMIEGUEL MASCARENHAS LIMA
Externo à Instituição - JULIANA DE OLIVEIRA MUSSE SILVA
Presidente - 285906 - ROQUE PACHECO DE ALMEIDA

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