Banca de QUALIFICAÇÃO: NARLA MOTA JÚNIOR
16/11/2020 18:47
No Brasil, o tema da educação sexual assume uma posição mais central na sociedade entre as décadas de 1920 e 1930, tendo como foco a saúde das mulheres. A principal motivação, na prática, era garantir a reprodução saudável e reprimir atitudes femininas vistas como imorais na época. Uma das razões mais fortes para isso é que, por muito tempo, em nossa sociedade judaico-cristã, a sexualidade esteve associada à reprodução no caso da mulher e ao prazer no caso dos homens. Nas décadas de 1960 e 1970, houve resistência à educação sexual nas escolas brasileiras, período marcado por atos políticos de perseguição aos professores sobre os conteúdos e as abordagens de ensino. Concepções equivocadas, repletas de mitos e estereótipos, formam uma base frágil dos discursos de perseguição e continuam a produzir barreiras ao trabalho docente e ao exercício pleno da cidadania dos educandos. As propostas dos PCNs concorrem para uma correção de rumo na abordagem das questões em torno da sexualidade, mas a BNCC trouxe limitações ao aproveitamento didático dos desenvolvimentos conceituais no campo de estudo da educação para a sexualidade. No presente trabalho, a partir de uma revisão sistemática da literatura, discutimos, em primeiro lugar, os obstáculos às práticas pedagógicas no ambiente escolar. Como estratégia para enfrentar os obstáculos, colocamos “Sexualidades em Jogo”, usando as lentes dos Estudos Culturais na sua vertente pós-estruturalista, como um recurso didático que explora os conceitos modernos de família, questões de gênero, relações de poder, identidades sexuais e corpos. Deste modo, o jogo pode favorecer o trabalho docente na produção de abordagens informadas no campo de educação para a sexualidade com vistas ao ensino sobre asuntos tão importantes e tão presentes na nossa sociedade.
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