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Banca de QUALIFICAÇÃO: BÁRBARA RAFAELA SANTOS DA ROCHA
04/11/2020 09:26


Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BÁRBARA RAFAELA SANTOS DA ROCHA
DATA: 19/11/2020
HORA: 14:30
LOCAL: PLATAFORMA VIRTUAL A DEFINIR
TÍTULO: ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E MORTALIDADE EM AMOSTRA REPRESENTATIVA DE INDIVÍDUOS ATEROSCLERÓTICOS BRASILEIROS
PALAVRAS-CHAVES: Determinantes Sociais da Saúde, Consumo de Alimentos, Guias Alimentares, Transição Nutricional, Doença Cardiovascular, Mortalidade.
PÁGINAS: 126
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

Os alimentos ultraprocessados (AUP) conferem má qualidade à dieta devido ao desequilíbrio eindisponibilidade de nutrientes, aditivos alimentares e contaminantes com potencialcancerígeno. As consequências da sua crescente participação na dieta é o aumento das doençasmetabólicas e cardiovasculares, principais responsáveis pelas mortes prematuras no mundo.Diante deste cenário, este estudo se propôs a investigar a associação do consumo de alimentosultraprocessados com a mortalidade em amostra representativa de indivíduos brasileiros comdoença cardiovascular. Secundariamente buscamos identificar a relação entre os alimentosultraprocessados, os determinantes socioeconômicos de saúde e a dislipidemia como fator derisco cardiovascular aterosclerótico. O presente estudo avaliou cerca de 1900 participantes doPrograma Nutricional Cardioprotetor Brasileiro (Dica Br), com idade acima de 45 anos, comdiagnóstico de doença cardiovascular estabelecida, recrutados entre 2013 e 2017. Foramcoletados dados demográficos, diagnósticos de doenças, aferições clínicas, parâmetrosantropométricos, bioquímicos e dietéticos em consulta individual com profissionais de saúde.Dados socioeconômicos foram coletados por via telefônica. As informações dietéticas foramcoletadas por meio de dois Recordatório 24-horas (R24h) e o consumo alimentar categorizadode acordo com a extensão e finalidade do processamento industrial do alimento, proposta pelaClassificação NOVA. Todas as mortes foram avaliadas duplo-cega pelo comitê clínico dedesfechos finais, e julgadas por um terceiro juiz independente. Apenas as mortes confirmadaspelo comitê foram incluídas nas análises. Uma revisão sistemática da literatura foi realizadabuscando estudos que relacionavam fatores socioeconômicos ao consumo de AUP. Foramencontrados 1629 estudos, dos quais 18 foram incluídos na revisão, totalizando 68373indivíduos. Os resultados demonstraram que a melhoria das condições econômicas eeducacionais se relaciona com o aumento do consumo de AUP nos países em desenvolvimento,enquanto nos países desenvolvidos o maior consumo se dá entre os setores menos escolarizadose mais pobres. Para verificar os achados da revisão de literatura, conduzimos nesta amostra umestudo observacional transversal, que buscou o efeito dos fatores socioeconômicos nadeterminação do consumo de alimentos ultraprocessados. Regressão linear multivariada foiafetada do índice de desenvolvimento humano (IDH) regional. No Centro-Oeste (2º maior IDH)[β 3,70 (IC 95% 0,34; 7,06)] houve maior consumo de alimentos ultraprocessados quandocomparado ao Nordeste (menor IDH). Em análise de subgrupos, na região Sudeste (maior IDH),a classe econômica mais elevada determinou o maior consumo de AUP, enquanto no Nordeste,a classe média causou maior consumo de AUP. Em regressão logística multivariada, o consumode energia proveniente de alimentos ultraprocessados aumentou as chances de dislipidemia em1,17 (IC 95% 1,04; 1,31) OddsRatio, este efeito foi potencializado pelas melhores condiçõessocioeconômicas dos indivíduos e da região de residência. O estudo foi finalizado com análisesprospectivas, via regressão de Cox multivariada, que associaram a ingestão energética dosalimentos ultraprocessados ao aumento de 17% do risco de mortalidade cardiovascular [HR1,17 (IC 95% 1,01; 1,31)], foi observada maior consistência interna à medida que aumentava aescolarização dos indivíduos de classe média. Em suma, foi encontrado um elevado risco demortalidade cardiovascular associado ao aumento da contribuição dos alimentosultraprocessados na dieta entre indivíduos portadores de doenças cardiovasculares. Apesar doconsumo de AUP ser mais prevalente em melhores condições socioeconômicas, o que aumentaas chances da dislipidemia, é entre os setores sociais médios que há maior incidência demortalidade.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2020866 - ANA MARA DE OLIVEIRA E SILVA
Externo à Instituição - ANGELA CRISTINE BERSCH FERREIRA
Externo ao Programa - 2021286 - LILIANE VIANA PIRES

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