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Banca de QUALIFICAÇÃO: TAYLANA LIS DE ARAUJO PEREIRA
16/10/2020 13:52


Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAYLANA LIS DE ARAUJO PEREIRA
DATA: 20/11/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Astrologia em Portugal no Século XVI: O Caso do Astrólogo Judiciário Manuel Rodrigues Preso Pelo Tribunal do Santo Ofício de Lisboa, em 1583
PALAVRAS-CHAVES: Cristãos-novos; Astrologia; Censura Inquisitorial.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História Moderna e Contemporânea
RESUMO:

Cada vez mais diversos estudos e trabalhos têm comprovado a importância e a contribuição que os judeus sefarditas e, em seguida, os cristãos-novos e seus descendentes, tiveram na propagação das práticas místicas e esotéricas que se desenvolveram na Península Ibérica durante a Idade Média e a Idade Moderna (especialmente nos séculos XVI e XVII). Influenciados pelo segundo capítulo da tradição mística judaica, conhecido como a Kabbalah, que foi desenvolvida no século XII, na esteira das Cruzadas, muitos judeus se dedicaram a astrologia. Já os cristãos-novos, alguns influenciados pelos seus antepassados, enquanto outros como resposta a sua difícil história e resistência aos dogmas do catolicismo, deram continuidade a estas práticas místicas e esotéricas desenvolvidas na Península Ibérica. Assim, o processo inquisitorial nº 7544 da Torre do Tombo pertencente ao astrólogo e cristão-novo Manuel Rodrigues reanima ainda mais essas hipóteses e afirmações a respeito do papel que os cristãos-novos desempenharam na expansão das práticas místicas e esotéricas, especialmente, em Portugal. A partir de um caso específico iremos analisar a importância da astrologia em Portugal, no século XVI, assim como as razões das demandas populares em buscar consultas astrológicas com o réu. O recorte espaço-temporal cobre especificamente o território de Lisboa entre os anos de 1583 a 1584. Acusado de praticar astrologia judiciária e de possuir mais de 25 livros proibidos pelo Concílio Tridentino, Manuel Rodrigues, foi preso num momento em que a censura inquisitorial cada vez mais enrijecia as suas regras e engrossava os seus catálogos com obras consideradas heréticas e proibidas. Durante quase um ano do seu processo o réu conseguiu escandalizar os inquisidores com suas confissões sobre suas práticas e crenças astrológicas, e também pelo teor herético das obras que estavam em sua posse, incluindo até pinturas consideradas “desonestas” que foram apreendidas em sua residência.
Partindo da perspectiva do método indiciário e da micro-história procuraremos detectar as particularidades e as vivências desse sujeito, cuja cosmovisão foi objeto de perseguição da Inquisição Portuguesa. Logo, o nosso foco aqui é partir da redução de escala e analisar a trajetória deste indivíduo, o significado e o sentido que ele atribuía a astrologia, o seu cotidiano e suas estratégias utilizados para minimizar o impacto das retaliações de uma instituição marcada pela intolerância e pelos estigmas sociais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1543483 - MARCOS SILVA
Interno - 426650 - ANTONIO LINDVALDO SOUSA
Externo à Instituição - NILTON MELO ALMEIDA

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