Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA GEOVÂNIA DANTAS SILVA
14/10/2020 13:12
Os alimentos prebióticos representam uma das áreas mais promissoras, interessantes e inovadoras da indústria de alimentos, com vários ingredientes sendo adicionados aos alimentos para torná-los funcionais. As pesquisas apontam o uso destes ingredientes em diversos segmentos da indústria alimentícia, como laticínios, bebidas, hortaliças processadas, panificação, confeitaria, lanche extrudado, adoçante, suplementos alimentares e fórmula infantil, além de ser uma forma inovadora para substituir gorduras e açúcares em inúmeros alimentos. O objetivo desse trabalho é avaliar a dinâmica entre os fenômenos da produção científica e tecnológica referente aos ingredientes funcionais prebióticos utilizados na indústria alimentícia, no âmbito nacional e mundial. A pesquisa se classifica como descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando técnicas bibliométricas, patentométricas e estatísticas com aplicação do modelo de regressão duplo-log. São usadas neste estudo as bases científicas Scopus, Web of Science, PubMed, SciELO e BVS, as bases de dados de patentes INPI, Espacenet, Derwent Innovations Index e Orbit Intelligence e a ferramenta VantagePoint®. Os resultados parciais mostram um crescimento exponencial de publicações científicas, evidenciando uma área do conhecimento bastante promissora e com potencial em relação ao desenvolvimento de produtos inovadores no setor alimentício. Do total de 282 artigos indexados nas bases Scopus e Web of Science, produzidos ao longo de 20 anos, 61% se concentraram nos últimos 5 anos. Os periódicos LWT - Food Science and Technology e Food Research International foram os que mais publicaram sobre essa temática. Saad (USP) e Cruz (IFRJ) foram os pesquisadores brasileiros mais atuantes e as universidades estaduais USP e Unicamp, as instituições que mais publicaram. Quanto à proteção da tecnologia no Brasil, os Estados Unidos foi o que mais depositou pedidos de patentes. Na base Espacenet, as indústrias Nutricia e Unilever foram as maiores depositantes e, na base Derwent, sobressaiu a Nestec. A investigação tecnológica no âmbito mundial mostrou que existe uma tendência global e crescente em relação aos pedidos de patentes sobre essa tecnologia, com a China se destacando como o país que mais publica, investe em PD&I e protege essa tecnologia no mundo. A propriedade intelectual aplicada aos prebióticos se mostrou uma estratégia que os países utilizam para protegerem suas tecnologias, visando aumentar a competitividade no mercado. Por outro lado, as pesquisas indicam que o Brasil precisa fortalecer as políticas públicas, viabilizando leis que incentivem a transferência de tecnologia entre ICT (Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação) e empresas, fomentando a inovação e, consequentemente, gerando renda e aquecimento da economia.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19110-7eaa891a10