Banca de QUALIFICAÇÃO: ALINNY AYALLA COSMO DOS ANJOS
07/10/2020 11:34
O cinema é um palco de disputa onde identidades e subjetividades são construídas, negociadas e percebidas dentro da cultura. Nesse cenário, conflitos de representação em relação à periferia estão relacionados a questões de exclusão social, racismo e processos históricos que provocam a discriminação de um amplo setor da população brasileira. Nos últimos 20 anos, com a facilidade de acesso aos meios de produção audiovisual, em conjunto com iniciativas públicas e privadas, como políticas de inclusão e oficinas de vídeo, as periferias obtiveram a chance de elaborar suas próprias representações imagéticas do seu cotidiano e suas vivências. Esta pesquisa analisa esta produção, a partir dos entrelaçamentos e conflitos que se estabelecem entre representações sociais pré-existentes, investigando as estratégias enunciativas e seus posicionamentos, a luta por visibilidade e reconhecimento. Por meio de pesquisa bibliográfica e com uso de metodologia qualitativa, procedeu-se à análise da formação discursiva sobre a periferia no Brasil, a identificação de sua representação no cinema nacional e o levantamento da produção acadêmica no que tange ao Cinema de Periferia no período de 2000 a 2020. Com base na sistematização desse conhecimento disponibiliza-se um entendimento inédito e mais denso sobre o campo. Por fim, são analisadas as estratégias narrativas nos filmes Baronesa (2017), de Juliana Antunes, Da Lona ao Pai Tomás (2016), de Dea Vieira e Marcus Vieira, e Ela volta na quinta (2014), de André Novais, na (re)elaboração de representações sociais, no questionamento e enfrentamento de dispositivos históricos de desigualdade no cinema e na sociedade.
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