Banca de DEFESA: ANY CAROLINE LACERDA DE REZENDE
06/08/2020 16:33
Na produção de petróleo, em especial em campos maduros, têm-se a formação de emulsão A/O que aumenta a viscosidade aparente do petróleo e dificulta o seu escoamento. Este estudo teve por objetivo obter tensoativos a partir dos óleos vegetais de semente de soja (Glycine max), de coco babaçu (Orbignya oleífera), de coco buriti (Mauritia flexuosa) e avaliar, em bancada de laboratório, a redução da viscosidade aparente com a taxa de cisalhamento em petróleo emulsionado (A/O), na presença de sais, nas temperaturas ambiente (25°C) e estimada de poço (60°C). Para tal, caracterização dos óleos dos vegetais em estudo foi realizada por meio da determinação dos índices de acidez e de saponificação. A obtenção dos tensoativos se deu por reação de transesterificação de ácidos graxos presentes, no óleo da semente de soja (índice de acidez 0,022 mgKOH/g) e do coco babaçu (índice de acidez 0,039 mg KOH/g) que apresentou rendimento de 87 e 88,50%, respectivamente. O óleo do coco buriti, por possuir alto índice de acidez (1,44 mgKOH/g) foi submetido de forma direta ao processo de saponificação, o que dificultou a determinação do rendimento da reação. A quantidade de água de formação presente na amostra de petróleo emulsionado (ºAPI 19,36) quantificada por titulação Karl Fischer, constatou a presença de 5,39% m/m. A concentração micelar crítica (CMC) dos tensoativos obtidos, calculada a partir de medidas de condutividade elétrica, utilizando o condutivímetro Marconi, modelo CA 150, foi de 1877,31 mg/L para o derivado do óleo de semente de soja, de 2971,42 mg/L para o de óleo do coco babaçu e, de 1898,42 mg/L para o de óleo do coco buriti. A avaliação do desempenho dos tensoativos obtidos, na concentração de 500 ppm, 750 ppm e 1000 ppm, no comportamento da viscosidade aparente do petróleo emulsionado com de água salina (A/O), preparadas seguindo a norma ASTM D 1141/90, na proporção 20/80% m/m, por meio do reômetro Brookfield, modelo DV-III ULTRA, mostrou que a viscosidade aparente à 25°C, na presença de 750 ppm e 1000 ppm dos tensoativos apresentaram reduções da viscosidade aparente, acima de 20% em relação à amostra sem tensoativo e que à 60°C não apresentou reduções significativas, visto que a viscosidade do óleo é reduzida com o aumento da temperatura. Mesmo assim, nesse cenário, uma ação de redução em torno de 4,6%, foi observado quando adicionado 1000 ppm do tensoativo de buriti.
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