Banca de DEFESA: CINDY ROSA MELO
21/07/2020 08:45
O desenvolvimento territorial da cidade acompanha a transformação no pensar coletivo, em uma relação recíproca entre espaço construído e transformação social. Nesse sentido, a cidade de Aracaju surgiu e se desenvolveu pautada na segregação socioespacial. Como em boa parte das cidades contemporâneas, a elite tende a se deslocar territorialmente pela cidade, criando novas zonas nobres e deslocando as centralidades, fazendo com que a população com menor poder aquisitivo se desloque em função da sua capacidade econômica. Essa transformação tende a zonear a cidade, criando espaços voltados a classes sociais específicas, em uma tendência homogeneizadora que procura ocultar as disparidades sociais da cidade. Dentro desses espaços, os contra-usos criam zonas de tensão, em relações que mantém viva a heterogeneidade a partir do encontro entre atores díspares. Em Aracaju, o Bairro Treze de Julho abriga dois calçadões que são um reflexo claro da tendência homogeneizadora, escondendo, por trás do seu aspecto estético, uma gama de relações e tensões que abrem espaço para a reflexão acerca dos processos de enobrecimento urbano e das transformações no valor de uso de determinadas localidades.
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