Banca de DEFESA: LETÍCIA MARIA DE MELO RODRIGUES
02/07/2020 11:24
As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas, sendo a mais frequente a transforame incisivo unilateral (FTIU). Pacientes com FTIU apresentam deficiência no desenvolvimento maxilar em consequência das cirurgias primárias (queiloplastia e palatoplastia), causando mordidas cruzadas e podendo impactar no complexo nasomaxilar. Pode ter como consequências: deformidades nasais, constrição maxilar e interferir no volume e função das vias aéreas. O objetivo deste estudo é avaliar as vias aéreas superiores após o protocolo de expansão rápida da maxila com tração reversa da maxila (ERM+TRM) em pacientes com FTIU, através de análise de tomografia computadorizada de feixe cônico, imediatamente após a ERM e após a TRM. Foram avaliadas as vias aéreas em 16 pacientes com FTIU nos tempos: pré tratamento (T0), após 1 semana ao final da fase ativa da ERM (T1) e ao final da fase ativa da tração reversa maxilar, com duração de 11 meses e 3 semanas (T2). Foi utilizado o teste T pareado, com p<0.05 considerados significantes (GraphPad Prisma5). Observou-se que todas as medidas analisadas (cavidade nasal, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe, área e volume da via aérea e área axial mínima), quando comparadas T0-T2, apresentaram um aumento de volume (p< 0,05). As medidas de orofaringe, área e volume da via aérea apresentaram um aumento quando comparadas T0-T1 (p<0,05). Além disso, a nasofaringe sofreu um aumento de volume em todos os tempos da amostra (T0-T1-T2; p<0,05). Comparou-se o grupo tratado com o grupo classe III, nas medidas da nasofaringe e área da via aérea o grupo tratado teve um aumento nas medidas em todos os tempos do estudo (T0-T1-T2; p<0,05). Nas medidas da orofaringe e volume da via aérea, o grupo tratado obteve aumento somente no T1 e T2 (p<0,05). As medidas da cavidade nasal, hipofaringe e área axial mínima não tiveram diferença estatística significante entre os grupos. Conclui-se que o protocolo de expansão rápida da maxila e protração maxilar aumenta o espaço das vias aéreas superiores em pacientes com fissura labiopalatina transforame incisivo lateral.
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