Banca de QUALIFICAÇÃO: KARINE COSTA SANTANA
25/06/2020 11:51
A escola assume a função de formar para a cidadania, assim, é indispensável oferecer propostas pedagógicas que promovam a construção do conhecimento através da participação ativa em práticas de letramentos que estimulem a leitura crítica e autônoma, para que os estudantes percebam o seu papel enquanto consumidores, produtores e divulgadores de conteúdo. Nesse sentido, em um mundo cada vez mais tecnológico, com rápida disseminação de grande quantidade de informações, especialmente por meio das redes sociais, constata-se a falta de preparo da maioria de seus usuários para lidar com o conteúdo a que são expostos diariamente, chegando a compartilhar notícias falsas e contribuindo, assim, para o fenômeno da desinformação que assola a sociedade contemporânea. Dessa maneira, é imprescindível estabelecer nas aulas de língua portuguesa ações que contribuam para o desenvolvimento de competências e habilidades para que o discente possa lidar com diferentes formas de desinformação, principalmente as fake news. Este projeto parte, então, de um tema urgente, importante e bastante atual, qual seja a proliferação de fake news relativas à área da saúde, com o objetivo de formar leitores críticos e atuantes na luta contra a desinformação. O projeto, que será desenvolvido no Centro de Referência de Educação de Jovens e Adultos Professor Severino Uchôa, em Aracaju-SE, com alunos da 3ª etapa/EJAEF, prevê a aplicação de uma Sequência Didática (SD) baseada nos pressupostos teóricos de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), para apresentar aos alunos modelos e práticas de leitura crítica de textos da esfera jornalística-midiática de circulação digital, além de orientar os estudantes na produção de um Videoguia de Intervenção contra Fake News. Como marco referencial teórico e metodológico, destacam-se estudos relativos à Sociedade da Informação (CASTELLS, 2013), à Cibercultura e à Inteligência Coletiva (LÈVY, 1999; 2003), à Pós-Verdade e às Fake News (FERRARI, 2018; BARBOSA, 2019; SILVA & TINOCO, 2019); LEMIS, 2018), ao Letramento Informacional (DUDZIAK, 2003; PASSOS & SANTOS, 2005; CAMPELLO, 2009; GASQUE & TESCAROLO, 2010; GASQUE, 2012); à promoção da Leitura Crítica (ANTUNES, 2003; KLEIMAN, 2013; FERRAREZI, 2017) e aos Multiletramentos (GRUPO DE NOVA LONDRES, 1996; ROJO & MOURA, 2012; ROJO, 2013; BAPTISTA, 2016). A relevância deste trabalho está em desenvolver a competência leitora dos alunos da EJA, focando na promoção de sua percepção acerca das intenções comunicativas dos textos, tendo em vista o fortalecimento do pensamento crítico para questionar as notícias antes de tomá-las como verdade. Desse modo, portanto, será possível formar discentes protagonistas para atuar de forma significativa na Sociedade da Informação.
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