Banca de DEFESA: NATALIA AMADO
30/05/2020 02:04
O trabalho objetiva entender, a partir de uma perspectiva antropológica, as práticas de cura no período republicano e, em particular, no Estado de Sergipe. Trata-se de uma busca dentro deste contexto, analisando grupos e segmentos sociais, como pensam, sentem e interpretam no seu cotidiano social a relação entre saúde e doença e suas práticas curativas. Este estudo tem por suporte fatos históricos que auxiliam a compreensão antropológica dessas práticas de cura, através de seus agentes (curandeiros, benzedeiras, médiuns e estrangeiros), exercidas no contexto cultural de crenças e costumes de que tratam os estudos da Antropologia; busca entender o discurso modernizador e civilizatório presente na Primeira República, para atender a uma organização social e urbana que se inicia no período, exigindo o estabelecimento de uma política pública de Saúde que, em sua implantação, impõe restrições sobre as práticas de cura da medicina popular. Propõe-se ainda a analisar, nas perspectivas da Antropologia Social e da Saúde, como foi procedida e introjetada dentro dos segmentos sociais, a noção de saúde e doença dentro do discurso modernizante, mostrando através do processo-crime do espanhol José Maria Domínguez y Domínguez (1923-1928), os embates e coibições das práticas de cura e o discurso cultural nesse período, que leva a uma institucionalização da Saúde.
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