Banca de DEFESA: FELIPE TRINDADE DE SOUZA
18/05/2020 09:19
Esta dissertação investiga como alguns homens do Nordeste brasileiro se tornaram cangaceiros, mantiveram-se num bando organizado e fizeram do cangaço uma ocupação. Para isso, tomamos o bando de Lampião como universo empírico. Logo, por meio desta pesquisa será possível compreender o conjunto de conhecimentos gerais do grupo e descrever como ocorria a transição de “paisanos” a cangaceiros através de uma carreira. Durante o levantamento das discussões acerca do campo de pesquisa percebemos que os estudos já realizados não dão destaque a socialização e a cultura “profissional” no bando Lampião. Esses elementos, porém, constituem um papel destacado na sociologia dos grupos profissionais e do desvio. Ressaltamos, assim, que no processo de entrada dos indivíduos em um grupo “desviante” a socialização “profissional” configurou-se um meio de iniciação em uma cultura “profissional” e de construção de si. Ademais, o domínio desse complexo de conhecimentos e atitudes permitia ao cangaceiro executar as tarefas no seu dia-a-dia no bando e eventualmente ascender a postos de liderança. Por essa razão, além de diversos episódios contingenciais, como morte e prisão, cangaceiros que não conseguiam dominar esse repertório de saberes tendiam não solucionar os problemas da ocupação e deixar o bando.
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