Banca de QUALIFICAÇÃO: LIZANDRA MENEZES SOARES
05/05/2020 11:45
A presente dissertação é composta por três estudos associados aos aspectos psicológicos da insônia. A insônia é conceituada como um transtorno do sono caracterizado pela dificuldade de iniciar ou manter o sono, apresentando prejuízo quantitativo (horas de sono) ou qualitativo (qualidade do sono). Os quadros insones podem estar relacionados a depressão e ansiedade, o que sugere vinculação dos sintomas de insônia com transtornos mentais. Há evidências de que a preocupação e a ruminação, construtos cognitivos ligadas a ansiedade e depressão, respectivamente, são fatores que pioram os sintomas insones, sendo compreendidos como fatores de risco. Contudo, ambos os fenômenos, inclusive a interação entre eles, precisam ser mais bem estudados. Para tanto, pretende-se, por meio desta dissertação, compreender a relação que entre insônia e pensamentos ruminativos. Além disso, buscou-se avaliar a influência dos pensamentos ruminativos e a qualidade do sono. Esta pesquisa foi dividida em três estudos. No estudo I foi executada uma revisão teórica dos pensamentos ruminativos e seus componentes, bem como a relação destes com transtornos mentais. Os resultados sugeriram que a ruminação está associada a quadros de insônia, bem como a preocupação. No estudo II foi realizada uma revisão integrativa sobre os aspectos psicológicos da insônia, no intuito de trazer evidências sobre a relação entre transtornos mentais comuns (TMCs) e insônia. Os resultados apontaram que há poucos estudos no Brasil a respeito da temática. Ademais, mulheres, idosos, indivíduos com baixa escolaridade e as pessoas mais susceptíveis à excitabilidade são mais propensos a apresentar sintomas de insônia. Por fim, no estudo III, que ainda está em andamento, será feita uma pesquisa empírica para mensurar a relação entre insônia e pensamentos ruminativos. Desta forma, entende-se que esta dissertação poderá impulsionar avanços na compreensão dos aspectos psicológicos envolvidos na insônia no contexto brasileiro, na criação de medidas psicoterapêuticas e interventivas em psicologia.
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