Banca de QUALIFICAÇÃO: LUIZ CÉSAR BARBOSA DA SILVA
19/03/2020 16:43
No presente trabalho elaboramos um estudo da xilogravura do mestre pernambucano J. Borges num direcionamento decolonial, ou seja, o Nordeste visual na cosmovisão de seus agentes sociais. Abordaremos a xilogravura de Borges como (des) construção de Nordeste, uma vez que o mesmo leva em suas obras a imagem de Nordeste que pretendemos analisar. Assim, “O Monstro do sertão”, que é uma das obras de Borges que também dá nome a esse trabalho de pesquisa de mestrado, provoca uma série de sentidos no que se refere ao termo. Entre a diversidade de interpretação de sentidos, apontamos uma dualidade que se destaca entre essas visões. O primeiro sentido, o sol na xilogravura intenso que devasta a terra, mata os seres vivos e estereotipa o nordeste a uma subalternidade, miséria e pobreza. E o segundo, o sol na xilogravura que com seu brilho ilumina as tradições, cultura, intelectualidade e principalmente seus atores sociais que produzem sua própria noção de Nordeste. Na verdade a obra mencionada carrega em si várias interpretações que são analisadas através da metodologia do enfoque Pós-estruturalista de Burke (1937), que busca decodificar os códigos culturais em seus processos histórico, político, social, identitário e artístico. Tratamos aqui a imagem como fonte histórica de um recorte espacial da década de 1990, marcada pelo movimento Armorial de 1970 e outros fatores que são desvelados. Esta dissertação de mestrado pretende responder à questão elencada: J. Borges (des) constrói uma imagem do Nordeste?
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf