Banca de DEFESA: ANA GABRIELA MACHADO DE FARIAS
12/03/2020 20:28
A partir da assertiva nietzscheana do corpo como a grande razão, o presente trabalho tem como proposta a composição de um corpo-escrita perscrutado por meio da produção de narrativas de mulheres que dançam, ensaiando outros modos de existência a partir dos seus corpos generificados, femininos. O campo de pesquisa emergiu do encontro entre meu corpo de pesquisadora e dançarina com o de mulheres que montaram um espetáculo germinado bem ali onde o signo mulher nos apequena e dançamos para multiplicar sentidos. Tomando como pista metodológica a cartografia, compreendemos a atividade de pesquisa como um acompanhamento de processos em curso, a produção de mapas-subjetividade. Essa experiência de narrar-se a partir dos movimentos dançados, ou da dança que faz movimentar a vida; narrar-se seguindo efeitos-subjetividade, do enunciado em fala e em escrita fez emergir um plano de habitação coletiva, em que cada história singular foi extraída de uma multiplicidade, lugar em que éramos várias e nenhuma, de modo a pensarmos a categoria mulher neste plano (in)comum. Por meio de danças de si, da carne à palavra, ensaiamos, eu e essas mulheres, desfazimentos, outros modos de existência ao corpo tarjado enquanto de mulher, criando pelo próprio movimento diante do encontro com outras mulheres, possibilidades de resistência e (re)existência, devindo vaca. Acompanhamos a invenção de um corpo-dançarino-pesquisador-escrevinh-a-dor de mulheres dançarinas, no entremeio do ato de assistir ao espetáculo, de uma roda de conversa com elas e do ato de dançar com elas o próprio espetáculo, lugares de onde foram gestados o material posto em análise, na intercessão entre as cenas do espetáculo e as histórias narradas.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf