Banca de QUALIFICAÇÃO: INGRID RIBEIRO DA CRUZ MELO
10/03/2020 10:15
A circunferência do pescoço elevada pode estar associada a resistência à insulina. Baseado nessa evidência, o presnete estudo tem como objetivo indentificar pontos de corte da medida da circunferência do pescoço que possam predizer a resistência à insulina em adolescentes na faixa etária de 12 a 17. Trata-se de um estudo transversal realizado com uma sub-amostra do estudo multicêntrico nacional intitulado Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). A população do presente estudo corresponde a 904 adolescentes de 12 a 17 anos, matriculados em escolas públicas e privadas de dois municípios do estado de Sergipe, nordeste brasileiro. Dados demográficos, antropométricos (peso, altura, Índice de massa corporal, circunferência da cintura, relação cintura-estatura, circunferência do pescoço) e bioquímicos (glicemia de jejum, insulina de jejum, hemoglobina glicada) foram coletados. Com os valores da glicemia de jejum e da insulina de jejum foi calculado o Homeostasis Model Assessment-Insulin Resistance (HOMA-IR). Houve correlação entre a circunferência do pescoço com os todos os marcadores bioquímicos glicêmicos analisados, com exceção do HOMA-IR. Os pontos de corte da circunferência do pescoço para predição da resistência à insulina foram: 30,1 cm para as adolescentes do sexo feminino com idade de 12-14 anos e 32,1 cm para os adolescentes do sexo masculino; 30,8 cm para as adolescentes do sexo feminino com idade de 15-17 anos e 36,7 cm para os adolescentes do sexo masculino. A medida da circunferência do pescoço mostrou-se associada aos marcadores glicêmicos da resistência à insulina. Sugerimos o uso da circunferência do pescoço como um índice antropométrico simples, prático e que pode ser utilizado como triagem na predição da resistência à insulina em adolescentes.
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