Banca de DEFESA: ANDREIA FREIRE DOS SANTOS
21/02/2020 08:35
Visando uma educação voltada para a formação de indivíduos criativos, independentes e atuantes no seu cotidiano, propomos nesta pesquisa promover entre estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental a autoanálise dos próprios processos de aprendizagem (metacognição), conduzindo-os a agirem com consciência e controle sobre suas ações cognitivas. Com isso, buscamos responder à seguinte questão central: Atividades com resolução de problemas matemáticos favorecem aos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental vivenciar a metacognição? Na pesquisa, o envolvimento de estudantes de turmas do 6° ao 9° ano de uma Escola Municipal da cidade de Areia Branca/SE foi analisado no decorrer de atividades de resolução de problemas com operações aritméticas básicas e com o uso de estratégias metacognitivas. Apoiamo-nos teoricamente em Polya, Onuchic e Allevato e Dante, dentre outros, considerando a resolução de problemas como foco da disciplina de Matemática, conforme consta nos documentos curriculares oficiais analisados (BNCC, PCN e Currículo de Sergipe). Flavell, Portilho e Rosa propiciaram suporte teórico aos conceitos e elementos presentes na metacognição e a aproximação dessa com os processos de resolução de problemas aritméticos. Em Van de Walle, Leal Jr. e Onuchic encontramos a metacognição aplicada à resolução de problemas como ação consciente do estudante acerca dos processos de resolução desses. Este estudo foi de natureza qualitativa na modalidade de pesquisa-ação. Foram desenvolvidas três atividades com a participação dos estudantes, e em cada uma foi solicitado a eles a resolução de três problemas aritméticos, planejados seguindo dois dos três níveis de conhecimentos esperados propostos por Robert, sendo os três o técnico, o mobilizável e o disponível. Após cada atividade, os estudantes responderam a um Questionário Metacognitivo, adaptado de Portilho, com base no modelo de Mayor. A partir das respostas ao questionário e das falas dos alunos, buscou-se conhecer as estratégias metacognitivas empregadas por eles na resolução dos problemas propostos e orientá-los para a autoavaliação durante a resolução dos problemas. A aplicação de tarefas organizadas por meio dos níveis de conhecimento propostos por Robert nos auxiliou a identificar os conhecimentos prévios esperados dos estudantes, o que parece ter facilitado a utilização de estratégias conhecidas por eles e permitiu a verbalização delas. Com isso, conclui-se que as atividades com resolução de problemas matemáticos favorecem aos alunos a vivenciarem a metacognição.
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