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Banca de DEFESA: FLÁVIO DOS SANTOS
12/02/2020 16:35


Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLÁVIO DOS SANTOS
DATA: 27/02/2020
HORA: 08:30
LOCAL: SALA PROFESSOR JOSÉ ALEXANDRE FELIZOLA DINIZ
TÍTULO: Resistência para um modo de existência: luta camponesa em defesa das Sementes Crioulas no Semiárido Alagoano
PALAVRAS-CHAVES: Sementes Crioulas; Semiárido Alagoano; Campesinato; Capital; Estado.
PÁGINAS: 173
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

No âmbito da reprodução social camponesa as sementes se constituem como um elemento essencial, pois se tratam de organismos importantes para as atividades agrícolas realizadas por esses trabalhadores, fato que proporciona o surgimento de conhecimentos únicos, materializados no plantar, no germinar, no manejo e na colheita. Como fruto desse processo destacamos as chamadas sementes crioulas, organismos que possuem traços biológicos e culturais originados no trabalho camponês, uma semente pura, livres de qualquer melhoramento feito em laboratório, sendo repassadas de geração em geração. Perante esse cenário, corporações empresariais sementeiras vêm intensificando a aplicação dos pacotes biotecnológicos na agricultura, com o intuito de dominar a produção mundial de sementes. Diante desses ataques, camponeses têm realizado ações de resistência a fim de proteger os organismos crioulos, fato que também ocorre no Semiárido alagoano, onde vem sendo empreendido um processo de luta que se materializa na formação de uma rede estadual de Bancos Comunitários de Sementes, espaços de guarda das sementes crioulas e de articulação política. Tendo como aporte metodológico o Materialismo Histórico-Dialético e pautados em uma abordagem quantitativa e qualitativa, esta pesquisa de dissertação teve por objetivo analisar o processo histórico de resistência realizado pelo campesinato em defesa das sementes crioulas no Semiárido alagoano no contexto da mundialização da agricultura, bem como, sob uma ótica multiescalar, desvelar as políticas adotadas pelo Estado voltadas para facilitar o processo de acumulação de capital. Os resultados da pesquisa apontam que a partir da década de 1960, com a modernização da agricultura, o Brasil adentrou nos trilhos para se transformar em um grande produtor de commodities, fato consumado com o advento da economia do agronegócio, movimento que teve como uma de suas faces a produção das sementes melhoradas em laboratório: híbridas e transgênicas, as quais, atualmente, vêm sendo disseminadas no espaço agrário brasileiro com maior intensidade. Na realidade alagoana, constatamos que esse avanço tem ocorrido através de políticas públicas, bem como por meio da venda em casas agropecuárias. Frente a esse contexto, camponeses vêm ampliando as estratégias de resistência a fim de proteger as sementes crioulas, processo empreendido perante a intensificação do desenvolvimento desigual e combinado, o qual se espacializa no Semiárido alagoano e, em conjunto com as ações do Estado, vem potencializando as contradições na produção espacial, engendrando múltiplos desafios para que os Bancos Comunitários de Sementes sigam escrevendo sua história de resistência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1862007 - CHRISTIANE SENHORINHA SOARES CAMPOS
Externo à Instituição - LUCAS GAMA LIMA
Interno - 2336611 - MARLEIDE MARIA SANTOS SERGIO

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