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Banca de DEFESA: ANA PAULA ALMEIDA SILVA
10/02/2020 16:11


Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA PAULA ALMEIDA SILVA
DATA: 27/02/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório da Did. II
TÍTULO: Reprimarização da economia e o monocultivo do milho em Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: Monocultivo do Milho, Reprimarização Econômica, Capital, Sergipe
PÁGINAS: 176
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO:

A produção do espaço se realiza na esfera da sociedade e da natureza transformada continuamente através das relações sociais desenvolvidas pelos agentes produtores do espaço. A expansão de monoculturas sobre o espaço agrário da América Latina, corrobora as relações imperialistas entrelaçadas ao capital que amplia suas amarras sobre essa região através do processo de reprimarização econômica. Terras, águas, trabalho humano e todos os demais recursos são explorados de forma profunda no atual contexto de crise do capital, tendo, entre os desdobramentos, a acentuação da produção de commodities direcionada à exportação. Esse processo tem reflexos sobre o aumento da concentração de terras nas mãos de uma diminuta parcela de proprietários, alargamento das áreas de pobreza, corrosão da soberania alimentar, além das armadilhas intrínsecas ao progresso técnico como o mortífero poder exercido pela indústria dos agrotóxicos e sementes transgênicas. No Brasil, a expansão das áreas de monocultivos é respaldada pelo Estado, que implementa e viabiliza as estruturas essenciais ao capital; nessa conjuntura, a agricultura assume fluxos cada vez mais desimpedidos diante da flexibilidade destinada ao agronegócio. No Nordeste, a demanda por grãos para alimentação do setor avícola tem repercutido na ampliação das áreas de produção de milho em diversos estados da região. Nesse contexto, a crescente ampliação dos monocultivos/desertos verdes se torna atrativa. Em Sergipe, o avanço das áreas ocupadas pelo monocultivo do milho assume expressão por diversos municípios, consolidando a força do capital. A pesquisa vigente se volta para a compreensão dos processos intrínsecos à territorialização do capital sob a produção do milho. Assim, esse trabalho se propõe a entender e analisar a expansão desse cultivo, considerando as hierarquias escalares circunscritas à produção do espaço e à relação sociedade/natureza. A análise é fundamentada no Materialismo Histórico e Dialético, cuja leitura da realidade busca situar os sentidos da essência dos fenômenos produzidos no espaço geográfico. A expansão do monocultivo do milho em Sergipe é respaldada pelas ações do Estado que viabiliza diversas políticas públicas voltadas à ampliação desse cultivo, como programas de assistência técnica, distribuição de sementes, horas de tratores e infraestrutura, acompanhadas pela retórica do desenvolvimento econômico. O capital ao se territorializar sob a forma do monocultivo do milho, tem produzido diversas facetas nesse espaço agrário como a escassez de terras, ameaças às relações de soberania alimentar, contaminações produzidas pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e sementes transgênicas, mobilidade de trabalhadores, endividamentos de milhares de camponeses sucumbidos aos ditames desse modelo agrícola. Verifica-se que o crescimento econômico associado à produção do cultivo do milho em Sergipe retrata em sua essência as contradições do império do capital que se movimenta por meio de relações assimétricas na produção do espaço, além de que, a especialização produtiva em bens primários na América Latina representa a dominância do capital para auferir lucros a qualquer custo no contexto de sua própria crise.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3299294 - JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Externo à Instituição - LUCAS GAMA LIMA
Presidente - 2336611 - MARLEIDE MARIA SANTOS SERGIO

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