Banca de QUALIFICAÇÃO: SHEILA SILVA DE OLIVEIRA
26/01/2020 01:06
A busca pela produção de combustíveis cada vez mais sustentáveis resgatou o interesse nas microalgas, associando-as ao processo de pirólise. Esse tipo de termoconversão consegue produzir bio-óleo a partir de componentes celulares como lipídeos, carboidratos e proteínas os quais variam na composição celular de acordo com a espécie e fatores externos como tempo de cultivo e estresse nutricional. O presente estudo objetiva a produção de células de Chlorella vulgaris com diferentes percentuais de lipídeos, carboidratos e proteínas e associar a composição da biomassa aos perfis dos bio-óleos obtidos nos processos de pirólise. Para tanto, foram considerados o tempo e o fornecimento de nitrogênio na etapa de cultivo das biomassas. As biomassas obtidas foram submetidas a pirólise em reator com temperatura de 500°C. Os perfis dos bio-óleos foram analisados utilizando GC/MS. Os diferentes cultivos resultaram em três perfis de biomassas, sendo os componentes majoritários BP com 43,69% de proteínas, BC com 44,39% de carboidratos e BL com 34,00% de lipídeos. Os bio-óleos obtidos apresentaram predominantemente hidrocarbonetos provenientes dos três biocompostos e baixos teores de nitrogenados. As vias de termodegradação proteica incluem a formação de compostos nitrogenados, compostos oxigenados e hidrocarbonetos. Os principais produtos provenientes de carboidratos são hidrocarbonetos, cetonas, ácidos carboxílicos e ésteres. Já as reações sofridas pelos lipídeos dão origem a bio-óleos ricos em ácidos graxos, cetonas, ácidos, aldeídos, oleofinas e hidrocarbonetos aromáticos. Com isso, a composição da biomassa de C. vulgaris influi diretamente no perfil do bio-óleo obtido, possibilitando o melhor direcionamento de seus componentes para as áreas de maior aplicabilidade, agregando valor tanto ao processo como ao produto.
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