Banca de QUALIFICAÇÃO: MAYANE ALVES ANDRADE
24/01/2020 15:49
O interesse por entender o comportamento animal já é observado desde as primeiras pinturas rupestres feitas pelo homem pré-histórico. Apesar do comportamento ser um aspecto importante na teoria evolutiva, ainda sabemos pouco sobre como um traço comportamental pode afetar outro ao longo da história evolutiva das espécies. Utilizamos modelos evolutivos de caracteres para analisar se a organização social e o cuidado parental facilitaram ou não a evolução da agressividade intraespecífica dos mamíferos. Para isso, obtivemos dados sobre o índice de agressividade, o sistema social (solitário, social monogâmico e vida em grupo) e o cuidado biparental (presença e ausência) de 717 mamíferos terrestres não-humanos. Evidenciamos vários picos evolutivos da agressividade na linhagem dos mamíferos, especialmente após os 30 Ma. Também mostramos que espécies solitárias evoluíram para maiores níveis de agressividade em comparação a espécies que vivem em pares ou grupos. Entretanto, nossos modelos sugerem que o cuidado biparental seja o principal modulador da evolução do comportamento agressivo, sendo que espécies que cuidam da sua prole estão associadas a maiores níveis de agressividade em relação aquelas que não possuem. Desta forma, nosso trabalho contribui para o entendimento de como fenótipos comportamentais podem modular o nível de agressividade intraespecífica na linhagem dos mamíferos.
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