Banca de QUALIFICAÇÃO: RAYANNA HELLEM SANTOS BEZERRA
23/01/2020 08:35
Os morcegos são os únicos mamíferos que possuem a capacidade de realizar o voo verdadeiro, porém, apesar dessa capacidade e consequentemente alta mobilidade, esses animais podem ter sua comunidade influenciada pelos diferentes níveis de degradação ambiental. A urbanização ocasiona mudanças na paisagem, reduzindo os hábitats naturais e modificando a composição vegetacional; podendo influenciar a quantidade de recursos disponíveis para os animais. Para os morcegos, a resposta à urbanização é altamente específica para cada espécie, sendo que algumas espécies podem se tornar pouco abundantes ou ausentes nesses ambientes enquanto outras são capazes de se adaptar às alterações do hábitat e até mesmo se beneficiar destas. Além dos morcegos, os ectoparasitos a eles associados também podem responder aos níveis de degradação do hábitat. Fatores ambientais como, por exemplo, a composição vegetacional, umidade e exposição ao sol podem influenciar a comunidade de parasitos, atuando sobre a diversidade e carga parasitária no hospedeiro. Em ambientes urbanos, a relação entre parasitos e morcegos é pouco abordada, sendo as redes de interação uma abordagem ecológica considerada desta relação. Mudanças na paisagem podem influenciar a rede de interação afetando a sobrevivência das espécies e a estrutura das comunidades biológicas, onde parâmetros como riqueza, abundância e composição de espécies determinam o tamanho da rede; modificando a sua vulnerabilidade, generalidade e conectividade. Dessa forma, esse trabalho visa caracterizar as comunidades de morcegos e ectoparasitos associados, avaliando a influência das características do hábitat sobre tais comunidades e verificar a topologia da rede de interação parasito-hospedeiro em áreas verdes urbanas da grande Aracaju, no estado de Sergipe. Esse estudo está sendo realizado no Campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe, na Secretaria de Estado da Fazenda de Sergipe e na Vila Militar dos Oficiais do Exército. As campanhas tiveram início em setembro/2019 onde, para a captura de morcegos, estão sendo utilizadas 10 redes de neblina. Posteriormente, serão obtidas as taxas parasitológicas, analisada a influência das características do hábitat sobre as comunidades e obtidas as redes de interação.
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