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Banca de DEFESA: ÍTALA SANTANA SOUZA
07/11/2019 10:35


Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÍTALA SANTANA SOUZA
DATA: 28/11/2019
HORA: 08:30
LOCAL: MINI AUDITÓRIO DA DIDÁTICA II
TÍTULO: APLS DE CASAS DE FARINHA EM SERGIPE: DIALÉTICA ESPACIAL DA MODERNIZAÇÃO DA MANDIOCULTURA E SUBORDINAÇÃO DO CAMPESINATO
PALAVRAS-CHAVES: Produção capitalista do espaço, Mandiocultura, Arranjos Produtivos Locais de casas de farinha em Sergipe.
PÁGINAS: 198
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Agrária
RESUMO:

A análise da produção do espaço nos faz perquirir os vários níveis da realidade em suas diferentes escalas. Esse movimento permite apreender os momentos diferenciados da reprodução geral da sociedade em sua complexidade e neles, as determinações do fenômeno que estamos estudando. A investigação sobre o espaço da mandiocultura em Sergipe, que realizamos por meio desta Tese, vem explicar a dinâmica espacial dessa atividade produtiva, no contexto de reestruturação produtiva do capital no campo, que implicou em alterações técnicas e na formação de Arranjos Produtivos Locais (APLs) de casas de farinha no estado. Tal dinâmica exigiu a elucidação de como o processo de mundialização do capital impulsiona alterações no espaço agrário sergipano, assim como da relação capital-Estado e todos os seus desdobramentos territoriais. Partiu-se de uma revisão da literatura sobre produção do espaço no capitalismo, as metamorfoses da relação homem natureza nos diferentes momentos da reprodução. Deu-se ênfase ao debate das mudanças para o regime de acumulação flexível, quando a forma de expansão capitalista aponta para um processo de descentralização político-administrativa com foco em um desenvolvimento endógeno, denunciando a natureza da política neoliberal abraçada em correspondência ao momento novo da mobilidade geográfica do capital. O quadro real mostrou por meio das pesquisas de campo realizadas na área de maior domínio da mandiocultura em Sergipe, qual seja, o município Lagarto, maior produtor de mandioca e de farinha de mandioca no estado, o município de Campo do Brito e o município de São Domingos. Em que pese a ampliação de formas de aproveitamento da mandioca e as possibilidades geradas de agregação de valor e comercialização de subprodutos geradas nos últimos anos, a quase totalidade da produção de mandioca é vendida in natura para um terceiro. O camponês perde o controle da produção e comercialização do produto final mais importante, que é a farinha. Se estabelece uma relação de estranhamento entre o sujeito da produção e o produto do trabalho, mas sobretudo, uma redução da renda do produtor. Nesse cenário, a realidade mostrou que o espaço da mandiocultura, tradicionalmente dominado pelo campesinato brasileiro, vai sendo tomado por um processo de monopolização da produção por agentes com maior poder econômico. A política de arranjo produtivo local ligada às casas de farinha intensificou a divisão da renda camponesa, transformou o camponês em um empregado na sua própria terra ou nas/das casas de farinha, ampliou o trabalho feminino e infantil, na atividade, agora de forma mercantilizada, naturalizando esse último como ajuda. Trata-se de um quadro que demanda preocupação por que além do discurso de que o APL produz visibilidade para a atividade, se difunde uma compreensão do caráter inevitável dessa chamada modernização, negligenciando-se a natureza desse modelo de desenvolvimento rural que nega aos camponeses as possibilidades de autogestionarem o produto do seu trabalho. Uma realidade que mostra a atualidade do debate da questão agrária no Brasil e da necessidade de organização do campesinato como classe, que deve lutar para se reproduzir longe do domínio do capital.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3299294 - JOSEFA DE LISBOA SANTOS
Interno - 102.821.568-10 - CELSO DONIZETE LOCATEL
Externo ao Programa - 1190318 - NUBIA DIAS DOS SANTOS
Externo à Instituição - NACELICE BARBOSA FREITAS
Externo à Instituição - VERA LUCIA ALVES FRANCA

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