Banca de DEFESA: ELINE RAMOS COSTA
30/08/2019 20:02
Essa dissertação se insere, teoricamente, nos debates sobre discursos, poder, patrimônio cultural, memória coletiva, memória afro-brasileira e turismo; tendo como foco empírico o Museu Afro-brasileiro de Sergipe. O objetivo geral é analisar como essa memória é (re)construída através do patrimônio cultural e do turismo no museu Afro-brasileiro de Sergipe. Os objetivos específicos são: Mapear o discurso formado em torno da memória patrimonialziada e musealizada da escravidão no Brasil e em Sergipe; Descrever as mobilizações políticas e intelectuais em torno da memória patrimonializada da escravidão; Descrever a relação entre a patrimonialização e a atividade turística; Observar o papel do turismo na relação com a seleção e preservação dessa memória. As principais referências teóricas são Foucalt (2010), Foucalt (1999), Pollack (1989), Gomes (2014), Moesh (2000) Gastal; Moesch (2007), Quijano (2005), Schwarcz, 1993; Skidmore, 2012), Marcon (Hobsbawm (2012), Mignolo (2007), Hall (2003), Gilroy (2001), Ki zerbo (2010), entre outras que apontam que o turismo e o patrimônio cultural são seletores de discursos que influenciam as memórias, baseado em relações de poder. A metodologia utilizada foi Análise de Discurso, Pesquisa Bibliográfica, Observação Direta, Entrevistas e Questionários. Com pesquisa de campo no Museu Afro-brasileiro de Sergipe. Os principais resultados apontam que a (re)construção dessa memória através do espaço, reproduz a uma versão que faz referência a obra de Gilberto Freyre, quando escolhe a perspectiva da Casa Grande para narrar a memória afro-brasileira, neste sentido o museu seleciona como memória afro apenas as práticas trabalhistas do sistema escravista e os modos de organização social pela perspectiva do senhor de engenho. Ainda, percebeu-se que o turismo trabalha o museu através da inclusão do museu no circuito dos roteiros turístico tradicional, não sendo o mesmo fazendo parte de nenhum roteiro que retome a memória afro através do turismo.
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