Banca de QUALIFICAÇÃO: AILTON RODRIGUES ROCHA SANTOS
28/08/2019 09:47
Entendendo que ao historiador coube a missão de investigar, refletir e divulgar as ações humanas no passado e as suas modificações ao longo do tempo, esta pesquisa propõe estudar a profissão de caixeiro, comumente praticada em várias cidades brasileiras no século XX, e compreender as ações dos sujeitos que nela atuavam, os quais contribuíam para o desenvolvimento das relações comerciais do país e, em particular, do Estado de Sergipe. Atividade importante na engrenagem comercial dos centros urbanos, a profissão de caixeiro era multivariada e aqueles que a praticavam contribuíam para o bom funcionamento dos estabelecimentos comerciais, mas essa importância não foi suficiente para que com o decorrer dos anos ela fosse relegada ao esquecimento. Nesse sentido, tomando como parâmetro o limiar do século XX, considera-se que estes silenciamentos foram resultantes, dentre outros motivos, pela ausência de interesse das produções historiográficas em revisitar o tema e captar as possíveis novidades. Por esse motivo, a profissão de caixeiro foi abordada nesta pesquisa, na qual buscamos analisar este grupo trabalhista e a sua atuação na capital de Sergipe, Aracaju, durante a última década da Primeira República, de 1921 a 1930. Evidenciamos as temáticas ligadas à condição social dos caixeiros, às motivações de suas reivindicações por meio da imprensa escrita e às particularidades do jornal A Classe, órgão ligado à Associação destes empregados. No campo metodológico examinamos as publicações jornalísticas dos caixeiros por meio da análise das edições selecionadas, buscando, ainda, confrontar as informações do periódico com outras fontes e com a bibliografia referente ao tema, para construir uma explicação analítica que leve em conta dados quantitativos e qualitativos desta produção. Ademais, o estudo sustenta a hipótese de que os caixeiros sergipanos se situam como integrantes das classes médias urbanas, sendo esta uma condição peculiar, sobretudo, quanto à posição social dos dirigentes do jornal. Essas características levaram-nos a pensar os atributos e peculiaridades dos caixeiros sergipanos, os quais os distinguiam de outros setores trabalhistas, tanto em Sergipe quanto em outros estados.
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