Banca de DEFESA: JÉSSICA CLEOPHAS DO CARMO LIMA
28/08/2019 00:01
A educação superior brasileira na atualidade representa um projeto de sociedade forjada no Capital, especificamente na sua fase imperialista financeirizada. O contexto desde os anos 2000 apresenta particularidades relacionadas à democratização do acesso, realizada através de políticas de expansão que se deram, nos primeiros 15 anos, de maneira ampliada em todo o país, elevando as taxas de novas vagas, matriculas e diplomados. Observe-se, porém, que essa ampliação deu-se majoritariamente por meio de instituições do setor privado, com fins lucrativos e inseridas no mercado financeiro mundial, consolidando a educação superior como um bem privado e lucrativo e distanciando a população do projeto de educação superior pública gratuita, autônoma e socialmente referenciada. O estado da Bahia foi impactado com a maior expansão de cursos e instituições do nordeste na área de Serviço Social, com a expansão de cursos privados, foco da dissertação. A pesquisa teve por objeto a expansão da educação superior privada no estado da Bahia, nos governos de Lula e Dilma, e os rebatimentos na formação em Serviço Social. Apresentou como objetivo geral analisar o processo de expansão dos cursos de Serviço Social privados na Bahia entre os anos 2000 e 2015 e os rebatimentos ao projeto profissional de Serviço Social. Teve como escopo o método histórico-crítico-dialético de análise da realidade, numa perspectiva fundamentada nas categorias de totalidade, contradição e mediação, estruturada e articulada com base na teoria social crítica para executar a pesquisa, num movimento de aproximações sucessivas do objeto para desvendar sua essência e reproduzi-lo nos resultados. O caminho metodológico utilizou a técnica da análise documental. Observou-se que a legislação brasileira, ao complementar a constituição federal, consolidou o processo de privatização da educação superior, e, no caso do Serviço Social, gerou um impacto com a ampliação massiva de cursos nas modalidades presencial e EaD, prioritariamente de natureza privada, como no estado da Bahia. O posicionamento crítico da categoria, pelas instâncias político-organizativas materializou-se em documentos que apontaram as consequências das contrarreformas na educação ao projeto ético-político profissional.
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