Banca de DEFESA: ÉRIKA SOUSA VIEIRA DE CASTRO
27/08/2019 14:55
Esta é uma dissertação sobre um grupo de pescadoras do Bom Jesus dosNavegantes, bairro localizado no município de Laranjeiras, Sergipe, cujapesca artesanal não é realizada no mar e sim no manguezal e no RioSergipe. Nesta localização, as pescadoras se destacam por serem em suamaioria pivôs do trabalho re-produtivo e, consequentemente, as principaisgeradoras da renda familiar. O objetivo desta pesquisa é de compreendercomo é ser e fazer-se pescadora em Bom Jesus, entendendo que, ainda senaturaliza a pesca artesanal como profissão masculina e, no caso do BomJesus, isso se transfigura. Ao mergulhar um pouco mais nessa cosmologiaespecífica, compreendi que a maré transcende a noção de trabalho, pois elatambém é representada como um espaço de apropriação feminina, assimcomo o universo social construído na própria comunidade, em que emergemquestões relacionadas à vida, aprendizados, lazer, autonomia e parcerias. Arua e a temática da bebida foram outras perspectivas encontradas e que,igualmente, pude perceber como espaço e elemento também de apropriação.Por ser um trabalho realizado por mulheres, a pesca é uma maré deincertezas, pois, se de um lado oferece certas garantias de sobrevivência, poroutro, gera prejuízos de vários tons e teores desencadeados pelainvizibilização deste ofício por parte das instituições, comunidade e governo.Afetada a partir de uma experiência pessoal, ao acompanhar essaspescadoras no mangue e no rio, as envolturas que representam suasrealidades, foram analisadas também por meio do olhar sobre os corpos e asemoções.
Palavras-chave: pescadoras; trabalho; pesca artesanal; corpos e emoções.
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