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Banca de QUALIFICAÇÃO: UELITON SANTOS MOREIRA PRIMO
22/08/2019 16:21


Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: UELITON SANTOS MOREIRA PRIMO
DATA: 30/08/2019
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do NUPEG
TÍTULO: “Deixe essa urubu sentar sozinha!”: impactos do racismo e da discriminação racial na infância.
PALAVRAS-CHAVES: Racismo; Discriminação; Criança; Identidade; Escola.
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

em suas vítimas. Fato que convoca a Psicologia a apropriar-se ainda mais das discussões sobre o racismo no Brasil e a avançar na produção de estudos que investiguem seus diversos impactos na infância. O objetivo desta dissertação é analisar impactos do racismo em crianças, especialmente na trajetória escolar das crianças, no desenvolvimento da identidade étnico-racial e em ocorrências de racismo e discriminação racial. Para responder a esse objetivo, a dissertação foi organizada em 4 capítulos. O primeiro capítulo é um estudo teórico, que teve como objetivo fazer breves apresentações conceituais e históricas sobre o preconceito, a discriminação e o racismo no Brasil, trazendo elementos contemporâneos dessas discussões, como a ideologia do branqueamento, o mito da democracia racial e a negação do racismo. Os três capítulos seguintes estão em formatos de artigos. O primeiro artigo, que contempla o capítulo 2, é uma revisão sistemática da literatura sobre os efeitos do racismo na trajetória escolar de crianças brasileiras. O objetivo desse artigo foi verificar de que forma o racismo tem atingido as crianças no contexto da escola. Através de uma busca nas bases de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Periódicos Capes, Base Digital de Teses e Dissertações e Google Acadêmico, utilizando os termos “racismo”, “escola” e “educação”, tomando-se as crianças como foco, 34 estudos empíricos foram analisados. Os estudos mostram efeitos prejudiciais do racismo nas crianças negras, principalmente na construção negativa de suas identidades e na baixa autoestima. No capítulo 3 apresenta-se o primeiro estudo empírico, que buscou analisar se a idade e a cor da pele predizem a identidade étnico-racial em 65 crianças brancas e negras de cinco a onze anos. Os resultados indicam que as crianças negras de cinco a sete anos são as que menos gostam de ser como são e as que mais sentem desejo em pertencer ao grupo dos brancos. Com o aumento da idade, as crianças negras passam a gostar mais de ser negras e a preferir pertencer ao seu próprio grupo étnico. Enquanto as crianças brancas, em todas as idades, gostam de ser como são e preferem pertencer ao seu próprio grupo étnico. Os resultados são interpretados e discutidos à luz da teoria da identidade social e do racismo na infância. No capítulo 4 está o segundo estudo empírico, que buscou analisar experiências de racismo direto (quando a própria criança foi vítima) e vicário (quando o outro foi vítima) relatadas pelas próprias crianças, as mesmas que participaram do estudo 2. Neste estudo, verifica-se o conteúdo das experiências de racismo, os locais onde ocorreram, a cor da pele das vítimas e dos perpetradores e os significados emocionais atribuídos pelas crianças em decorrência da própria experiência de racismo (racismo direto) e da experiência do outro (racismo vicário). Os resultados mostram um alto número de relatos de racismo (direto) contra as crianças negras (42% da amostra das crianças negras). Nenhuma criança branca relatou já ter sido vítima de racismo. No entanto, assim como as crianças negras (82,50%), muitas crianças brancas (56%) relataram já ter presenciado racismo (vicário) contra outras crianças negras. O cenário mais comum onde ocorreram essas experiências foi a escola, sendo que a maioria das discriminações foi perpetrada por crianças brancas. A agressão verbal (xingamentos e apelidos) aparece como sendo o conteúdo mais comum das discriminações, seguido de relatos de agressões físicas (tapas e puxões de cabelo) e do impedimento do direito da criança negra de brincar. Relatos de tristeza, raiva, vergonha, medo e dor são frequentes nas falas das crianças negras ao significarem o que sentiram quando foram vítimas de racismo direto e ao ver outro membro do seu grupo étnico ser vítima. Os resultados são interpretados e discutidos à luz das teorias do racismo na infância.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CICERO ROBERTO PEREIRA
Presidente - 2227489 - DALILA XAVIER DE FRANCA
Interno - 1625717 - JOILSON PEREIRA DA SILVA
Interno - 1505794 - RAQUEL MEISTER KO FREITAG

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