Banca de DEFESA: ALICE DANTAS PERRUCHO NOU
20/08/2019 15:16
Mulher e Chorinho. De um lado, os desafios de ser mulher numa sociedade ainda marcada pela ideologia do machismo. Do outro, o cenário musical árduo, restrito, de um público exigente e ritmo complexo, que exige muita dedicação como o Chorinho. Este trabalho surgiu com o objetivo de dar voz às choronas como oportunidade de relatar a participação da mulher no chorinho. Na primeira fase da pesquisa foi realizado um apanhado de informações de grandes pensadores da Sociologia clássica em seus respectivos contextos, apresentando de que forma eles foram e têm sido influência para o fomento do feminismo, e as principais teorias feministas e Identidade. Também foi feita uma análise sucinta do Choro no Brasil, suas origens e a história do cotidiano da mulher e no século XIX e XX, período em que a participação da mulher era tímida com o objetivo de compreender os reflexos na sociedade hoje. Nessa pesquisa trazemos a trajetória de Chiquinha Gonzaga, considerada a primeira mulher a ser inserida no choro e Ademilde Fonseca, conhecida como “Rainha do Choro”, que muito influenciaram a mulher a assumir outros papéis além do que a sociedade atribuía ao gênero. Por meio do método Entrevista, abordamos a participação da mulher no chorinho em Sergipe. Com diferentes idades e trajetórias de escolarização e status social, Maria Olívia (primeira mulher pianista atuante no chorinho sergipano), Paula Al´Sant, única mulher TRANS chorista, Silvina do Choro (musicista e nutricionista) e Nancy Alves (mãe, avó, artesã dona de casa e chorista), para abordarem seus desafios no cenário musical. Verificou-se que, com o estudo da trajetória de Chiquinha Gonzaga, Ademilde Fonseca e do trabalho de campo com o grupo das quatro agentes entrevistadas, as singularidades de cada trajetória, as diferentes origens sociais e as diferentes quantidades de capitais, não tendem a representar grandes distâncias sociais. Por outro lado, mesmo com um grande número de regularidades e não obstante a evolução da participação graças à atuação de grandes mulheres no passado, a trajetória social é única porque os desafios permanecem e a luta, consequentemente.
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