Banca de DEFESA: JAMERSON DE MEDEIROS ARAUJO
13/08/2019 11:49
As escavações do Sítio Santana X, localizado no município de Lagoa Nova, situado na Microrregião da Serra de Santana, no Rio Grande do Norte, evidenciaram além de uma variabilidade de artefatos arqueológicos, uma densidade considerável de remanescentes faunísticos, associados a vestígios inseridos em três manchas (solo de coloração escura) de diferentes dimensões. Esses remanescentes possuem elementos que remetem a manipulação antrópica, e que através de uma abordagem arqueotafonômica, aplicada nos estudos zooarqueológicos, podemos caracterizar essas faunas, na busca de compreender quais destas são resultantes de ações humanas e quais podem ter sido manipuladas a partir de processos biológicos e/ou pós-deposicionais. A fauna arqueológica, como parte de um todo, também é um componente representativo de um grupo pretérito, possibilitando infinitas variáveis no complexo sistema de interações e estabelecimentos de processos culturais. Desta forma, o objetivo deste trabalho é a caracterização dos fatores arqueotafonômicos passíveis a observação na fauna arqueológica do Sítio Santana X, levando em consideração sua dispersão espacial e as particularidades dos contextos em cada mancha, tanto em superfície quanto em subsuperfície. Os resultados da pesquisa indicam tipos diferentes de faunas recorrentes no sítio, onde estas possuem traços resultantes dos três fatores, que contribuem para a discussão sobre a variável conhecida como “equifinalidade”, onde dois ou mais padrões de alterações distintos podem gerar um resultante semelhante no registro arqueológico. A dispersão desses materiais também nos indica a formação de conjuntos faunísticos inseridos em cada mancha, levando a compreensão de que estas possam ser resultantes de áreas específicas de atividades.
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