Banca de QUALIFICAÇÃO: JÉSSICA FERNANDES PINTO
09/08/2019 10:18
Esse projeto-ensaio parte de três apostas: 1. Na interseção entre clínica e arte, numa perspectiva de clínica descendente da palavra Clinâmen, ou seja, da clínica do desvio, que aprende com a arte que todas as formas são provisórias; 2. No pequeno mundo de todos os dias como lugar e tempo de (re)existência, nas práticas singulares e em singularização de mulheres e homens comuns, anônimos, imersos no cotidiano; 3. Numa política de narratividade interessada nas miudezas e delicadezas dos restos, nos rastros de histórias da vida ordinária a contradizer memórias e narrativas oficiais, na dimensão artística intrínseca a toda forma de produção e atividade humana: transformar o mundo em que vive, criar a própria existência, produzir sentidos provisórios e precários, narrar-se para transmutar. Apostando no cotidiano como palco de germinação e afirmação de uma vida, a intenção do presente escrito é a de fabular contos do cotidiano, os contidianos, cujo mote está na possibilidade de alinhavar o gesto à palavra. A arte aparece aqui como meio, como a possibilidade de fazer existir e insistir as diferenças, pois é no encontro com alteridades que se cria o novo. O novo que vaza da repetição do cotidiano e que produz modos de existir: reinventar políticas subjetivas e relacionais que produziram corpos e saúde.
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