Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ AUGUSTO PASSOS GÓES
06/08/2019 11:46
A Doença de Chagas (DC) ainda hoje é considerada um problema de saúde pública com repercussões socioeconômicas. A principal forma de transmissão da doença é a vetorial, por intermédio de insetos triatomíneos, conhecidos como barbeiros, infectados pelo protozoário Trypanosoma Cruzi. Cerca de 6 a 7 milhões de pessoas no mundo estão infectadas pelo T. cruzi, sendo a maioria em países endêmicos da América Latina, e mais de 25 milhões de pessoas estão em risco de adquirir a doença. Estima-se que na América Latina ainda existam 10 milhões de infectados, dos quais 2 milhões somente no Brasil, e cerca de dez mil morrem todos os anos como resultado da doença. O interesse pela qualidade de vida nas doenças crônicas é recente, pois sabe-se que podem acarretar alterações em certos domínios, principalmente no âmbito social, psicológico e sócio profissional. Apesar da importância médico-social que cerca as condições dos pacientes com doença de Chagas e no panorama de saúde brasileiro, ainda pouco se conhece dos aspectos relacionados à sua mortalidade no estado de Sergipe e à sua Qualidade de Vida Relacionada a Saúde (QVRS) de pacientes portadores dessa crônica. Como a DC é determinada no espaço e no tempo por fatores de risco, as técnicas de geoprocessamento são ferramentas importantes que podem ser utilizadas para uma melhor compreensão da sua dinâmica de transmissão e distribuição. Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivos: 1) analisar a distribuição espaço-temporal da mortalidade por DC no estado de Sergipe no período de 1996 à 2016; e 2) analisar espacialmente a distribuição espacial e QVRS de indivíduos chagásicos em um município endêmico do estado de Sergipe. A pesquisa será estruturada por meio de dois métodos: 1) Estudo ecológico, de série temporal, com técnicas de análise espacial, referente a todos os óbitos por Doença de Chagas no estado de Sergipe, entre 1996 a 2016, obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade. 2) Estudo transversal com abordagem quantitativa realizado com pacientes portadores de doença de Chagas acompanhados no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Sergipe. Espera-se que a identificação e o mapeamento das áreas de risco para a ocorrência da DC permitam à otimização dos recursos e a melhoria das ações voltadas para as condições específicas de monitoramento e controle da doença, além de auxiliar nas estratégias de cuidados efetivos para minimização de efeitos físicos e psicológicos da doença.
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