Banca de DEFESA: MILENA NASCIMENTO CARDOSO
22/07/2019 16:54
O jenipapeiro (Genipa americana L.) é uma frutífera nativa do Brasil, pertencente à família Rubiaceae. Possui amplo destaque tanto pela distribuição geográfica, que ocorre do México à Patagônia, quanto por suas diversas formas de uso. Trata-se de uma espécie sucessional tardia, indicada para áreas de restauração florestal e que também apresenta atividades farmacológicas e, consequente potencial comercial. A destruição de habitats naturais para espécie, aliado ao seu uso extensivo justificam uma maior demanda de pesquisas. Conhecer sua diversidade genética e ter conhecimentos técnicos a respeito de sua propagação é de suma importância no fornecimento de critérios essenciais ao pré-melhoramento, critérios de conservação e exploração comercial. O objetivo desse trabalho foi caracterizar aspectos germinativos e genéticos em populações de jenipapeiro. A diversidade genética foi estimada por marcadores ISSR em 15 populações naturais de do Estado de Sergipe. Constatou-se alta taxa de polimorfismo (100%), índice de Shanon de 0,36 e divisão dos indivíduos em dois grupos distintos. Nos experimentos sobre propagação, utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições de 25 sementes, totalizando 100 sementes por tratamento. No estudo sobre secagem, as sementes foram beneficiadas e submetidas a diferentes períodos de secagem (0; 24; 48; 72; 96 e 120 h) sob temperatura de 28ºC ± 2ºC e semeadas em sacos de polietileno contendo substrato comercial e pó de coco. A viabilidade foi mantida em 80%, no período de secagem de 48 h, quando a umidade foi de 32% e o crescimento inicial foi afetado após 96 h. Para avaliar os efeitos do estresse salino no potencial fisiológico das sementes e no crescimento in vitro, as sementes foram submetidas a diferentes concentrações de NaCl (0; 25; 50; 75 e 100mM). A cada 72 h foram extraídos eixos embrionários para determinação da atividade de enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX). Para verificação do crescimento inicial sob salinidade in vitro, explantes de acessos NB, SA e SF foram inoculados em meio MS acrescido das concentrações 0; 25; 50; 75 e 100mM e avaliados após 90 dias. A prolina foi quantificada aos 30, 60 e 90 dias após inoculação dos explantes ao meio salino. Verificou-se que a concentração de 50mM de NaCl afeta o potencial fisiológico das sementes e que a salinidade aumenta a atividade das enzimas SOD e APX até 288 h de exposição ao estrese salino. O estresse salino provoca diminuição no crescimento in vitro da espécie, sendo que o acesso SA apresentou maior tolerância à salinidade. O acréscimo de sal ao meio ocasionou incremento de prolina aos 30, 60 e 90 dias, indicando seu uso como indicador bioquímico para estresse em jenipapeiro.
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