Banca de DEFESA: WALLACE BORGES DE MATOS
18/07/2019 13:43
A população de abelhas no mundo está declinando. Dentre os fatores associados ao declínio desses polinizadores está o uso de inseticidas, principalmente os neonicotinoides associados às abelhas melíferas. Esse fato tem chamado a atenção para as abelhas nativas. A mudança para inseticidas seletivos pode reduzir esse impacto e – o óleo essencial (OE) de Lippia sidoides e seus componentes majoritários – figuram como potenciais inseticidas. Neste trabalho foram avaliados os efeitos letais e subletais do OE de L. sidoides, dos seus componentes majoritários: timol, r-cimeno e (E)-cariofilrno e dos inseticidas espinetoram, deltametrina e imidacloprido em abelhas nativas Nannotrigona sp. Todos os inseticidas foram mais tóxicos do que o OE e seus componentes majoritários. De forma geral, o comportamento só não foi alterado significativamente pelos inseticidas espinetoram e imidacloprido. O OE alterou o comportamento coletivo das operárias forrageiras, provocando comportamento de evitação por parte de indivíduos não-tratados em relação ao indivíduo tratado. No teste de locomoção e orientação de voo, o imidacloprido e a deltametrina foram os tratamentos que mais diminuíram a proporção e velocidade de chegada dos indivíduos até a fonte de luz, nos dois tempos de avaliação (3 e 24h). Já o OE, seus componentes majoritários isolados e o espinetoram apresentaram valores intermediários. O espinetoram apresentou redução na proporção de indivíduos que chegaram à luz do tempo de 3 para 24h. Esses resultados demonstram a maior segurança dos inseticidas botânicos, comparados aos inseticidas sintéticos, para os polinizadores. Contudo, são necessários mais estudos para averiguar essa segurança para outros organismos não-alvo.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19032-7126ccb4cf