Banca de DEFESA: MÁRCIA LUCIANA CARREGOSA SANTANA
05/07/2019 14:32
A remoção seletiva de tecido cariado tem sido recomendada para evitar danos pulpares, mas o efeito dessa abordagem sobre o comportamento biomecânico da restauração em dentes extensivamente destruídos ainda permanece incerto. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da remoção seletiva do tecido cariado na resistência à fratura e modo de falha de restaurações de compósito em molares, apresentando apenas as cúspides vestibulares. Cavidades profundas foram preparadas com dentina remanescente de 1 mm sobre a polpa e removendo as cúspides linguais. Lesões cariosas foram induzidas artificialmente no centro do assoalho pulpar com ácido acético (pH = 4,5). A dentina desmineralizada foi deixada intacta ou foi completamente removida antes da restauração com um compósito Bulk-Fill (n = 10). Imagens das amostras foram obtidas por tomografia de coerência óptica (OCT) antes e após a indução / remoção da cárie. A resistência à fratura por compressão axial e modo de fratura (tipo e extensão) foram determinados. A interface entre o assoalho pulpar e o fundo do compósito de amostras fraturadas foi analisada por OCT. Os dados foram submetidos ao teste T (α = 0,05). Cavidades mais profundas e maior ocorrência de exposição pulpar foram observadas para remoção não seletiva do tecido cariado. O protocolo de remoção de tecidos cariados não afetou a força da fratura (p = 0,554). Observou-se uma tendência crescente de mais falhas envolvendo as raízes para remoção não seletiva de tecido cariado. Em conclusão, a remoção seletiva de cárie parece ser uma abordagem viável para dentes extensivamente destruídos, uma vez que a resistência à fratura da restauração não foi comprometida.
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