Banca de QUALIFICAÇÃO: LUIZ CARLOS DE SOUZA SANTOS
16/05/2019 09:19
A escola, tradicionalmente, privilegia nas aulas de língua portuguesa a gramática enquanto “padrão” de língua a ser apreendida pelo aluno, relegando a segundo plano a construção de competências comunicativas. Essa postura ultrapassada concebe o aprendiz como mero expectador do processo de aprendizagem, provocando circunstância de silenciamento das variações linguísticas. Frisa-se, então, a necessidade da inserção de práticas sociais significativas, a partir da cultura do alunado para ressignificar as práticas pedagógicas. Dessa forma, urge a carência de atrelar a variedade linguística do estudante aos novos instrumentos tecnológicos que incitem a multiculturalidade e a multimodalidade na unidade de ensino. A presente pesquisa, então, objetiva recorrer ao celular enquanto suporte de reconhecimento e valorização da linguagem, a partir de contextos significativos de prática social. Enquanto produto, delinear-se-á um caderno pedagógico que instigará o uso do celular como propulsor da narrativa oral a partir do registro imagético de cenas significativas para os estudantes. Os momentos de exposição oral servirão de evento de percepção das variedades linguísticas. Além disso, a leitura e a interpretação textual integrarão o caderno. Tal encaminhamento buscará inibir concomitantemente o preconceito linguístico, promovendo um avivamento da variação no âmbito escolar. Esse estudo será desenvolvido numa turma do oitavo ano do ensino fundamental, composta de trinta e cinco alunos, integrantes da rede estadual de ensino de Sergipe. Os discentes integram o corpus estudantil do turno matutino do Colégio Estadual Eduardo Silveira, localizado na zona urbana do município de Itabaiana. Para tanto, o aporte literário será Bakhtin (1997) sobre concepção dialógica da língua; Kleiman (2005) e Soares (2009) acerca dos eventos de letramento; Freitas (2010) sobre o letramento digital; Rojo (2012) em torno dos multiletramentos; a aprendizagem móvel, de Xavier (2018) e Barral (2012); os gêneros textuais e a cultura eletrônica, de Marcuschi (2018); a variação linguística, de Freitag (2013), Nogueira (2012), Bagno (2007), Bortoni-Ricardo (2004 e 2005) e Faraco (2004); o recurso digital, de Araújo (2010); além de o ensino de língua portuguesa, de Messias (2012) e Suassuna (2009).
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