Banca de DEFESA: RAIANNE PEREIRA DE OLIVEIRA
12/03/2019 13:43
A presente pesquisa tem como objetivo compreender o processo de construção e formalização da memória cultural sergipana a partir do trabalho desenvolvido pelo Departamento de Cultura e Patrimônio Histórico (DCPH), política pública estadual de preservação criada e atuante em Sergipe no contexto da ditadura civil-militar, especificamente, no período de 1970-1975. A procura de meios para se legitimar e preocupado com os rumos que a produção cultural ia tomando no país pós-64, o Estado autoritário passou a investir de forma massiva na construção de uma política cultural “patrimonialista” cuja prioridade, evidentemente, consistia em ampliar o já existente, mas defasado sistema de proteção do “Patrimônio Histórico e Artístico Nacional” (concentrado única e exclusivamente em torno da DPHAN (atual IPHAN) desde 1937). A solução para esse problema foi estudada e condensada no “Compromisso de Brasília” (1970), documento produzido pelo MEC, que recomendava em caráter obrigatório a criação de órgãos de cultura em todos os estados como caminho à descentralização das ações de preservação no Brasil. Além de valorizar cultural e economicamente a região, essa intervenção direta do Estado na área tinha como objetivo despertar a sociedade para o civismo, aproximá-la dos símbolos e representações da cultura nacional. Buscando entender as particularidades que envolvem a trajetória do DCPH em Sergipe (os fatores condicionantes, agentes sociais envolvidos, diretrizes, ações e desafios), esta pesquisa utiliza como referência estudos relativos à construção da memória e do patrimônio contemporaneidade e apoia-se na análise de documentos oficiais, fotografias, jornais da época, bem como na metodologia da história oral.
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