Banca de DEFESA: MONIQUE HELLEN SANTOS REIS CERQUEIRA
11/03/2019 09:14
A Guerra do Paraguai (1864-1870) ou Guerra da Tríplice Aliança, comumente mais chamada pelos países platinos, foi um dos eventos do Segundo Império responsável por promover um incipiente sentimento de pertencimento entre os brasileiros do século XIX. Dessa forma, a pesquisa buscou compreender as estratégias políticas usadas pelo Império com a guerra, analisando a identidade política que fora forjada durante o período, de modo que mantivesse a concordância e a estabilidade entre as províncias, além de toda representatividade simbólica para manipular essa construção no imaginário coletivo da sociedade no pós-guerra. Acha-se pertinente a ideologia criada sobre a guerra e refletida na questão da identidade como ferramenta usada para integrar e consagrar a monarquia. Assim, foram usadas fontes primárias como os principais jornais em circulação da época, haja vista os periódicos serem redes de sociabilidade que permitem expressar os debates ideológicos de determinado grupo social e seu poder de influência nas massas; duas cartas do Barão de Mauá (1813-1889) enviadas a Manuel Antônio da Rocha Faria (1830-1894), um dos líderes do corpo de Voluntários da Bahia, e ao conselheiro José Maria Paranhos (1819-1880), referentes às tensões e negociações antes e pós-conflito; duas cartas de Francisco Octaviano de Almeida Rosa (1825-1889) ao Barão de Penedo (1815-1916) discutindo sobre a situação política do Império; além de um documento sobre a construção de uma fábrica de pólvoras na província de Mato Grosso retirando a “inocência” de um Brasil que não pensou em uma guerra. Ademais, percebemos que o jogo político partidário influenciou para o enfraquecimento das estratégias políticas em torno da guerra, apesar da construção simbólica evocada sobre o patriotismo pelos intelectuais nos jornais.
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