Banca de QUALIFICAÇÃO: TÂNIA MARIA SOARES
19/02/2019 11:06
Pesquisas sociolinguísticas do português brasileiro sinalizam que o paradigma pronominal passa por um processo de mudança, sendo um dos aspectos variáveis a expressão da primeira pessoa do plural, que pode ser realizada pela forma “nós”, prevista nos compêndios gramaticais, e pela forma “a gente”, variante inovadora que é muito mais recorrente, especialmente na fala de jovens. O fato de não estar prescrito na gramática normativa implica em um problema sociolinguístico para o ensino de língua portuguesa na educação básica, uma vez que uma forma altamente produtiva não prevista na gramática pode ter consequências na percepção e produção linguística dos seus falantes, gerando preconceito e estigma. Neste trabalho, relatamos a observação da percepção da variação destas formas pronominais dentro do âmbito escolar em turmas do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Tobias Barreto, localizado no município de Aracaju – SE e propomos a criação e aplicação de um caderno pedagógico contendo um paradigma pronominal que contemple a variação de modo a lidar com o fenômeno da heterogeneidade da língua e suas implicações no preconceito linguístico, visando assim a diminuir as desigualdades existentes na educação dos discentes e, em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular, elevar a qualidade do ensino.
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